
Nesta quarta-feira 21 - mesmo dia em que foi realizada reunião do Copom, na qual o Banco Central mais uma vez manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% - integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República (Conselhão), entre eles a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, assinaram carta aberta cobrando do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e dos diretores da instituição, a redução da taxa de juros.
"É hora de baixar os juros para retomar a atividade econômica, gerar emprego e renda. É urgente uma política monetária adequada (...) Por conta disso, integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômica Social Sustentável, o Conselhão, representando empresários, trabalhadores e sociedade civil, somam suas vozes para manifestar sua preocupação com a necessidade de o Copom iniciar o processo de redução da taxa de juros, sem o qual o Brasil não poderá voltar a crescer", escrevem os membros do Conselhão na carta aberta.
Na terça-feira, 20 de junho, o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região participou de um protesto na frente do Banco Central contra a altíssima taxa básica de juros (Selic).
Diante da decisão de mais uma vez manter a Selic em 13,75%, a presidenta do Sindicato lamentou que o crescimento econômico e o desenvolvimento social do país permaneçam prejudicados pela atual política monetária do Banco Central.
"Não existe qualquer justificativa para a manutenção dos juros em 13,75%, a maior taxa real de juros [descontada a inflação] do mundo. A inflação está controlada, em torno de 5%. O Brasil não enfrenta um cenário de inflação por demanda. Manter os juros em 13,75% é jogar contra a economia do país, inviabilizar investimentos, a geração de emprego e renda, o desenvolvimento social", critica Ivone.
A reunião do Copom desta quarta-feira 21, a quarta de 2023, foi a sétima seguida em que a taxa de juros foi mantida em 13,75%.
"Nós, bancários, que sabemos bem que essa alta taxa de juros só beneficia o mercado financeiro, vamos intensificar ainda mais a mobilização, junto com as centrais sindicais, outras categorias, movimentos sociais e empresários, pela queda nos juros. O projeto em curso de reconstrução do país não pode ser inviabilizado pela política monetária de um presidente do Banco Central indicado pelo candidato derrotado nas urnas", conclui a presidenta do Sindicato.
