O Sindicato dos Bancários de São Paulo denunciou à população o fechamento de mais uma agência do Bradesco, esta localizada na Vila Medeiros, na zona norte de São Paulo.
“Uma decisão que para o banco se resume a corte de custo, mas que para a sociedade e para os trabalhadores representa descaso com quem é responsável pelos os lucros do banco: os clientes, que terão de se deslocar mais para encontrar outra agência, que já estará superlotada; e os bancários, que enfrentarão mais sobrecarga de trabalho ou demissão”, protesta Marcio Vieira, diretor do Sindicato e bancário do Bradesco.
A agência que será fechada na zona norte se somará às milhares de unidades encerradas recentemente pelo Bradesco. Somente em 2024, o banco fechou 390 agências, 903 postos de atendimento e 92 unidades de negócios, totalizando, respectivamente 2305 agências, e 728 postos de atendimento e 728 unidades de negócios ao final de 2024.
“Além da busca incessante pelo lucro, o fechamento de agências em bairros afastados do centro prejudica a população, que tem cada vez menos locais para buscar atendimento. Uma agência fechada implica diretamente na economia local”, afirma Marcio.
Tanto é que, durante o protesto, vários clientes e comerciantes locais se solidarizaram com motivo da atividade e reforçaram a dificuldade de deslocamento para a agência mais próxima, que já absorveu pelo menos cinco unidades encerradas na região, resultando em superlotação no local, além da redução de caixas eletrônicos na região.
“O Bradesco é uma concessão pública e, como tal, tem o dever de prestar atendimento humanizado e próximo da população, que paga tarifas e juros abusivos para sequer ter o direito de receber atendimento presencial realizado por uma pessoa. Seguiremos protestando e denunciando à população este descaso que passa longe daquilo que o banco propaga nas sua publicidade”, afirma Marcio.
