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Chapéu
Inscrições abertas

Sindicato e Soweto oferecem o curso “Atualidade e força do pensamento de Milton Santos”

Imagem Destaque
Imagem de Milton Santos, um homem negro, de óculos, sorrindo, na faixa dos 50 a 60 anos.

Milton Santos (1926-2001) foi um dos intelectuais brasileiros mais importantes do século 20. Renovou a pesquisa e o ensino da Geografia ao propor uma abordagem crítica, que abandonasse o tradicional excesso de descrição e a carência de análise. A Geografia, a partir dos trabalhos de Milton Santos, passou a focar na relação entre espaço, sociedade e poder, considerando a dimensão social do espaço e a influência da globalização, principalmente nos países em desenvolvimento. Além de geógrafo, ele era graduado em Direito, escritor, jornalista e professor universitário.

Para resgatar a força do pensamento deste importante intelectual brasileiro, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em parceria com a Soweto Organização Negra (soweto.org.br) e com a Brigada pela Vida, oferece o minicurso “Atualidade e força do pensamento de Milton Santos”.

As aulas serão ministradas pela geógrafa Flavia Grimm, doutora em Geografia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, com pós-doutorado no Instituto de Estudos Brasileiros da USP, realizando pesquisa junto ao arquivo pessoal do geógrafo baiano. Foi orientanda de Milton Santos durante o mestrado na FFCLH (USP).

Serão oito encontros presenciais, quinzenalmente aos sábados (das 14h às 16h), espaçados entre os meses de agosto e novembro.

Serão oito encontros presenciais, quinzenalmente aos sábados (das 14h às 16h), espaçados entre os meses de agosto e novembro.

O minicurso será apresentado em 28 de junho, no Auditório da Ação Educativa (Rua General Jardim, 660, Vila Buarque). Interessados podem se inscrever no Seminário de apresentação do curso pelo Sympla (inscreva-se aqui para o seminário).

E as aulas serão todas nas salas 4 e 5 do Centro de Formação do Sindicato, na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Edifício Martinelli, próximo da estação São Bento do Metrô).

O curso é gratuito e aberto a todos os públicos, voltado preferencialmente para lideranças sociais.

Veja o calendário das aulas:

  • Agosto: aulas nos dias 9 e 23 (no Centro de Formação do Sindicato);
  • Setembro: aulas nos dias 6 e 20 (no Centro de Formação do Sindicato);
  • Outubro: aulas nos dias 4 e 18 (no Centro de Formação do Sindicato);
  • Novembro: aulas nos dias 1º e 29 (no Centro de Formação do Sindicato).

Reforçamos ainda que as aulas serão presenciais, aos sábados, das 14h às 16h.

Mais sobre o minicurso

O minicurso busca apontar a atualidade e a força crítica do pensamento do geógrafo Milton Santos (1926-2001) no momento atual. Serão trabalhados aspectos de sua biografia e momentos de seu pensamento: desde os estudos sobre a Bahia nos anos 1950, passando pelos estudos sobre a especificidade da urbanização nos países subdesenvolvidos ao longo dos anos 1960 e 1970 e destacando seus trabalhos sobre teoria da Geografia, sobre a Globalização e sobre o território brasileiro (desde meados dos anos 1970 até 2001).

O minicurso enfatizará a produção de Milton Santos na área da teoria da Geografia, a partir de suas leituras e releituras de conceitos-chave da disciplina como paisagem, lugar, território e espaço geográfico. Com leituras de textos selecionados que vão de meados dos anos 1970 aos seus últimos livros/artigos, as aulas e debates visarão aprofundar as reflexões sobre o espaço geográfico, visto como instância da sociedade (Milton Santos, 1978) e entendido como um conjunto indissociável de sistemas de objetos e sistemas de ações (Milton Santos, 1991), partindo da centralidade da técnica e da política.

Também será discutida a leitura crítica do geógrafo baiano sobre o atual período da globalização, entendida como fábula, como perversidade e como outra globalização (Milton Santos, 2000). Aqui os conceitos de “território usado” e de “força do lugar” serão norteadores, bem como a ausência de uma cidadania plena no Brasil, sobretudo junto à sua população negra, pobre e periférica.

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