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A exemplo de 2004 e 2005, a campanha permanece unificada entre bancos privados e públicos. As questões próprias de cada banco serão debatidas ao mesmo tempo, em mesas específicas de negociação.
O índice de reajuste salarial reivindicado pela categoria é composto pela reposição da inflação que vier a ser apurada para o período compreendido entre 1º de setembro de 2005 (data-base da categoria) e 30 de agosto de 2006, mais aumento real de 7,05%.
A proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) é de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de valor fixo a ser definido pelo Comando Nacional, que negociará com a federação dos bancos em nome dos trabalhadores. No ano passado, os bancários conquistaram R$ 800, mais 80% do salário. Pela regra, que prevê a distribuição de no mínimo 5% do lucro, em alguns bancos os funcionários chegaram a receber até dois salários de PLR.
Eixos – Além do aumento real de salários e da PLR maior, os bancários aprovaram ainda, como reivindicações prioritárias, a defesa do emprego – com medidas como a ratificação da Convenção 158 da OIT, que proíbe dispensas imotivadas; a ampliação do horário de atendimento bancário com dois turnos de trabalho e o respeito à jornada de seis horas –, o fim do assédio moral, das metas abusivas e da insegurança bancária, além da isonomia de direitos para todos os empregados.
Outras reivindicações – Dentre outros pontos, a minuta a ser entregue à Fenaban exigirá que o piso da categoria, hoje em R$ 839,93, esteja de acordo com o previsto pelo Dieese, de R$ 1.500. O auxílio-creche babá deve passar de R$ 165,34 para R$ 350 (um salário mínimo); a cesta-alimentação que é de R$ 230,02 para R$ 300 e a gratificação de caixa dos atuais R$ 226,65 para R$ 500, independentemente do índice de reajuste concedido às demais verbas salariais. A categoria quer agregar, ainda, novas cláusulas ao acordo: a 13ª cesta-alimentação e o 14º salário.
“As reivindicações apresentadas pela conferência nacional representam os anseios e as necessidades dos bancários de todo o Brasil. Daí vem a força e a mobilização que os trabalhadores alcançam durante sua campanha nacional e que, nos últimos anos, trouxeram resultados muito positivos para os trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “Vamos apresentar as reivindicações aos banqueiros e buscar o caminho da negociação. Mas, se as propostas não atenderem o que os bancários esperam, os patrões que não duvidem, porque iremos à greve”, completa o dirigente.
Ramo – Apesar de a categoria bancária contar com cerca de 400 mil trabalhadores em todo o Brasil, mais de um milhão de pessoas prestam serviços ao sistema financeiro e, cada vez mais, de forma indireta. Por isso, os delegados bancários decidiram uma série de ações a serem desencadeadas nacionalmente para fortalecer a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro:
- representar todos os trabalhadores do ramo financeiro;
- intensificar a luta pela representação de pessoas que trabalham em tele-atendimento e financiamento de veículos;
- representar os trabalhadores prestadores de serviço da empresa terceirizada Proservvi, que tem atuação nacional e atende aos bancos Bradesco, ABN Real e Unibanco, entre outros;
- representação e unificação dos acordos das cooperativas de crédito;
- dia nacional de luta pela representação sindical dos trabalhadores do ramo financeiro, em especial financeiras, promotoras e cooperativas de crédito;
- organização de seminários regionais, coordenados pela Contraf/CUT, e ampliação do mapeamento realizado nos estados para identificar onde estão os trabalhadores de financeiras, promotoras e cooperativas de crédito, faixa salarial, jornada e direitos, entre outros itens.