Imagem Destaque
Os bancários ainda discutiram que o vale-alimentação e o auxílio-creche tenham valor igual ao do salário mínimo vigente, atualmente R$ 380. Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os trabalhadores propõem o pagamento de dois salários para cada bancário mais uma parcela fixa no valor de R$ 3.500.
Também foi aprovada a aplicação da Convenção Coletiva 158 da Organização Mundial do Trabalho (OIT), que impede demissões injustificadas.
“A conjuntura econômica de inflação baixa e de aumento de 20% nos lucros dos bancos demonstra que os banqueiros têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores, que exigem aumento real e PLR maior e mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região.
Os bancários também querem discutir com a Federação dos Bancos (Fenaban) a forma como é paga a remuneração variável, que inclui recursos provenientes com a contratação de seguros, cartões e empréstimos. Neste sentido, os bancários de São Paulo definiram uma proposta que prevê que 10% de tudo que for arrecado na agência com venda de produtos sejam divididos igualitariamente entre todos os trabalhadores da unidade. Propuseram também a distribuição igualitária de 5% da receita com prestação de serviços (principalmente tarifas) do banco aos funcionários da empresa. “Defendemos que a remuneração variável não seja individual, mas sim baseada em critérios coletivos”, ressaltou Marcolino.
As propostas foram discutidas por 180 delegados de 15 sindicatos que representam trabalhadores de bancos públicos e privados ao participarem, na capital paulista, neste sábado, dia 21 de julho, da Conferência Estadual dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. As discussões que culminaram nas reivindicações foram baseadas em pesquisa realizada com bancários do Estado. O levantamento junto à categoria apontou além de aumento real, PLR maior e regramento da remuneração variável, que os bancários consideram como reivindicações prioritárias a implementação de plano de cargos e salários (PCS), fim das metas abusivas e do assédio moral, vale-alimentação maior, garantia de emprego e auxílio-educação.
A proposta de São Paulo e a dos demais estados serão encaminhadas à Conferência Nacional dos Bancários, a ser realizada entre os dias 27 e 31 de julho, em São Paulo, quando será definida a minuta de reivindicações a ser entregue à Federação dos Bancos (Fenaban), na segunda semana de agosto.
Campanha 2006 – No ano passado os bancários conquistaram reajuste de 3,5%, para uma inflação de 2,85% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 828 com adicional variável entre R$ 1.000 e R$ 1.500 de acordo com o lucro do banco. HSBC e Santander Banespa pagaram essa regra básica. Itaú, Bradesco, Real ABN e Unibanco pagaram dois salários para cada trabalhador a título de PLR, além da variação de R$ 1.000 a R$ 1.500.