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Bancários reivindicam 10,3% de reajuste salarial

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Trabalhadores aprovam minuta de reivindicações a ser entregue à Fenaban, que também inclui PLR maior, regramento de remuneração variável, saúde e condições de trabalho
Imagem Destaque
A minuta de reivindicações da campanha 2007 foi aprovada neste domingo, dia 29 de julho, durante a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. Questões como índice, PLR, remuneração variável, saúde e condições de trabalho, além do calendário foram definidos, em São Paulo, pelos 811 delegados de todo o país. A minuta será entregue na primeira quinzena de agosto à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

“Os bancários mais uma vez se colocam à vanguarda na representação de seus trabalhadores. Interferir no processo de remuneração variável é mais do que passar a regrar todas as verbais salariais, é interferir em um formato cruel de gestão dos bancos, que impõe metas abusivas e que adoecem os bancários. É reforçar o caráter coletivo na participação dos lucros”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Nos dias 30 e 31, a conferência segue com os encontros específicos do Banco do Brasil, Caixa Federal e bancos privados.

Na primeira votação do dia, os representantes dos bancários aprovaram a campanha nacional articulada entre trabalhadores de bancos privados e públicos, com mesas para discutir itens específicos.

Veja abaixo o que foi definido

Índice –
10,3%, que representa aumento real de 5,5%, para uma inflação projetada de 4,5% para período entre 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007. Essa reivindicação incide nas demais verbas salariais, exceto ATS, auxílio-creche e vale-alimentação.

ATS (anuênio)
- 2% do salário

Vale-alimentação –
R$ 380 (salário mínimo vigente)

Auxílio-creche –
R$ 380 (salário mínimo vigente)

PLR maior –
Dois salários limitados a R$ 15 mil (distribuindo até 15% do lucro líquido) mais valor fixo de R$ 3.500.

Remuneração variável –
Distribuição de 5% da receita com prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários. O pagamento deve ser feito após a publicação do balanço trimestral. Além disso, 10% de toda a produção da agência deve ser distribuído entre os trabalhadores da unidade.

Piso salarial/PCS
(com base no salário mínimo calculado pelo Dieese)
Escritório – R$ 1.628,24
Caixa – R$ 2.128,24
Comissionado – R$ 2.768,00
Gerência – R$ 3.582,12

Emprego
Garantia de emprego contra a dispensa imotivada - ratificação da convenção 158 da OIT (Organização Internacional do Trabalho)
Cumprimento da jornada
Novas conquistas
13ª cesta-alimentação
14º salário
Auxílio-educação
Outros eixos de campanha
Fortalecimento e defesa dos bancos públicos
Fim das metas abusivas e do assédio moral

Segurança bancária
Isonomia de direitos entre novos e antigos e entre trabalhadores da ativa e os afastados/licenciados por motivos de saúde
PCS para todos
Igualdade de oportunidades
Redução dos juros e tarifas e ampliação do crédito produtivo

Novo Comando – A conferência foi encerrada com a votação de alteração da composição do Comando Nacional – que negocia com a Fenaban. Eram 21 bancários e agora serão 33 entre membros da Contraf-CUT, federações e maiores sindicatos do país, representando todos as correntes de pensamento que compõem o movimento sindical bancário.

Calendário de mobilização
Entrega da minuta de reivindicações – 1ª quinzena de agosto
14 e 15 de agosto manifestações em Brasília contra a Emenda 3, interdito proibitório, pela ratificação da convenção 158 da OIT, redução e cumprimento da jornada.
28 do agosto (Dia do Bancário) – Dia Nacional de Luta

No dia 28, ainda foram aprovados as reivindicações que constarão da minuta sobre saúde e condições de trabalho e ramo financeiro:

Saúde e Condições de Trabalho – Entre as reivindicações aprovadas os bancários querem o fim das metas abusivas e do assédio moral/violência organizacional; prevenção, reabilitação e qualidade de vida; igualdade de direitos para afastados por motivo de saúde, humanização das perícias; segurança bancária; e respeito à jornada de seis horas.

Ramo Financeiro – Entre as reivindicações aprovadas destacam-se a da intensificação das ações pela incorporação e representação de todos os trabalhadores do sistema financeiro. O objetivo é que promotores de crédito, securitários, financiários e bancários tenham os mesmos direitos. Também ficou definido que serão empreendidas ações contra a intermediação fraudulenta de mão-de-obra nos bancos, já que são terceirizados trabalhadores que atuam nos setores de retaguarda de caixa, tesouraria e compensação, que são funções de bancários.

Igualdades de Oportunidades - Uma das reivindicações prevê que as empresas concedam os mesmos direitos para os parceiros do mesmo sexo que os dos casais heterossexuais. Os trabalhadores também querem a adequação dos ambientes de trabalho para as pessoas com deficiência.
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