Definição da minuta de reivindicações dos bancários começa nesta sexta

A minuta de reivindicações a ser entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na segunda semana de agosto será definida a partir desta sexta-feira, dia 27, por 811 delegados de bancos públicos e privados de todo o país durante os debates da Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. O encontro será realizado na Câmara Americana de Comércio (Amcham), Rua da Paz, 1431 – Chácara Santo Antônio, a partir das 9h.

As prioridades dos bancários de São Paulo foram deliberadas durante a Conferência Estadual, realizada no sábado, dia 21. Entre as reivindicações que serão defendidas no debate nacional estão o índice de reajuste de 9,31% (composto por 4,5% de reposição da inflação no período de 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007 pelo ICV Dieese mais 4,5% de aumento real) e a PLR de dois salários, com teto de R$ 15 mil, mais o valor fixo de R$ 3.500.

Outro tema importante: debater com os bancos a remuneração variável. A proposta do Sindicato é que 5% da receita com prestação de serviços sejam distribuídos linearmente entre os funcionários com a incorporação de 1% do valor nos salários. Além disso, 10% da receita apurada com a venda de produtos nas agências também devem ser distribuídos entre os bancários.

“Inflação baixa e aumento nos lucros dos bancos em torno de 20% demonstra que os banqueiros têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores, que exigem aumento real e PLR maior e mais justa”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

As questões apontadas pelos bancários nos encontros estaduais serão debatidas na conferência. “Depois dessa fase, a campanha entra em um novo momento: negociação e mobilização”, destaca Marcolino.

Campanha 2006 – No ano passado os bancários conquistaram reajuste de 3,5%, para uma inflação de 2,85% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 80% do salário mais R$ 828 com adicional variável entre R$ 1.000 e R$ 1.500 de acordo com o lucro do banco. HSBC e Santander Banespa pagaram essa regra básica. Itaú, Bradesco, Real ABN e Unibanco pagaram dois salários para cada trabalhador a título de PLR, além da variação de R$ 1.000 a R$ 1.500.

Conferência Nacional, de 27 a 31 de julho, em São Paulo

27 de julho – Encontros temáticos com debates sobre: ramo, remuneração, saúde e condições de trabalho
28 e 29 de julho – Debates da campanha sobre índice, PLR, verbas, estratégias de luta, entre outros.
30 e 31 de julho – Encontros nacionais dos bancários do Banco do Brasil, da Caixa, e de bancos privados.