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Os bancários querem aumento de salário acima da inflação, participação maior nos lucros e resultados dos bancos (PLR), plano de cargos e salários, vale-alimentação maior, garantia de emprego e auxílio-educação. Também podem discutir com a Federação dos Bancos (Fenaban) a forma como é paga a remuneração variável, que inclui recursos provenientes com a contratação de seguros, cartões e empréstimos.
“As discussões sobre ramo financeiro, remuneração, saúde e condições de trabalho realizadas nos encontros temáticos servem de base para que as reivindicações definidas representem as expectativas da categoria, que inclui 420 mil trabalhadores em todo o país”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
As reivindicações sobre saúde e condições de trabalho; ramo financeiro; e igualdades de oportunidades já foram aprovadas, neste sábado, dia 28, pelos 811 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados na conferência, que está sendo realizada na Câmara de Comércio Americana (Amcham), na capital paulista.
Saúde e Condições de Trabalho – Entre as reivindicações aprovadas Os bancários querem o fim das metas abusivas e do assédio moral/violência organizacional; prevenção, reabilitação e qualidade de vida; igualdade de direitos para afastados por motivo de saúde, humanização das perícias; segurança bancária; e respeito à jornada de seis horas.
Ramo Financeiro – Entre as reivindicações aprovadas destacam-se a da intensificação das ações pela incorporação e representação de todos os trabalhadores do sistema financeiro. O objetivo é que promotores de crédito, securitários, financiários e bancários tenham os mesmos direitos. Também ficou definido que serão empreendidas ações contra a intermediação fraudulenta de mão-de-obra nos bancos, já que são terceirizados trabalhadores que atuam nos setores de retaguarda de caixa, tesouraria e compensação, que são funções de bancários.
Igualdades de Oportunidades - Uma das reivindicações prevê que as empresas concedam os mesmos direitos para os parceiros do mesmo sexo que os dos casais heterossexuais. Os trabalhadores também querem a adequação dos ambientes de trabalho para as pessoas com deficiência.
CUT – As deliberações deste sábado, 28, foram precedidas pela participação do presidente da CUT Nacional, Artur Henrique, que apresentou uma análise de conjuntura político-econômica. Ele destacou a necessidade da ratificação da cláusula 158 da OIT que dificulta as demissões injustificadas. “Sua aprovação evitaria a rotatividade dos trabalhadores nas empresas”, disse. Ele lembrou que o saldo de geração de empregos no país é positivo, mas a troca de trabalhadores ainda é muita elevada. A cláusula 158 também é uma bandeira defendida pelos bancários, já que a categoria sofre com a substituição de trabalhadores pelos bancos, que visam redução de salários. O presidente da CUT disse ainda que defendeu junto ao presidente Lula, na última semana, o fim utilização dos interditos proibitórios (instrumento jurídico que garante a posse de propriedades) como mecanismo para impedir o direito de greve dos trabalhadores.