Depois de um dia marcado por paralisações em todas as concentrações das empresas prestadoras de serviços Fidelitty e Service Bank, os trabalhadores decidiram, em assembléia, por unanimidade, manter a mobilização nesta quarta-feira, dia 11 de julho.
As duas empresas tentaram impedir, nesta terça-feira, dia 10 de julho, a livre manifestação dos trabalhadores e chegaram a chamar a PM para intimidar os funcionários. Na maioria dos locais, os trabalhadores resistiram à pressão, mantiveram a unidade e cruzaram os braços. Cerca de dois mil trabalhadores participaram das paralisações.
“Estamos exigindo que essas empresas iniciem negociações sérias para resolver os problemas salariais e de valores dos tíquetes, redução de jornada, além do fim do assédio moral”, afirma Juvandia Moreira, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Ela destaca também que a entidade vai cobrar soluções dos bancos Real ABN, Unibanco e Bradesco, que contratam os serviços destas empresas. “Essas instituições financeiras também são responsáveis pela situação difícil que passam esses trabalhadores”, adverte Juvandia. “A paralisação de hoje teve reflexos nos serviços de compensação dos bancos e até nas agências”, acrescenta.
As atividades também tiveram a adesão dos trabalhadores das terceirizadas no ABC.
Muitas tentativas de se chegar a um acordo por meio de negociação com as empresas terminaram em negativas das terceirizados aos trabalhadores. A Service Bank se recusou a receber o Sindicato. A Fidelitty demorou quase dois meses para responder às reivindicações apresentadas no dia 11 de maio, durante encontro entre representantes dos trabalhadores e da empresa. A Fidelitty disse não aos trabalhadores sobre aumento salarial, redução de jornada, correção do valor do tíquete refeição e disse reconheceu os problemas colocados em relação às condições de trabalho.
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