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"Os bancários não saem dessa campanha sem aumento real de salários. Ninguém cai nessa conversa de que inflação é culpa do trabalhador, que estaria ganhando muito e consumindo demais. Chega a ser ridícula, ainda mais se tratando do setor financeiro. Os bancos lucram em qualquer cenário, o de inflação e juros altos então é o melhor dos mundos para o banqueiro. Os bancos têm condições de atender às reivindicações dos trabalhadores", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários, de São Paulo, Osasco e Região.
"E queremos muito mais, queremos discutir a gestão dos bancos para reduzir a política das metas abusivas e consequentemente do assédio moral, que adoece a categoria. A reivindicação só fica atrás de aumento real dentre as prioridades dos trabalhadores", completou Marcolino.
Confira a pré-pauta de reivindicações que será apreciada neste domingo
Econômicos - O índice de reajuste será definido nos debates. Os bancários de São Paulo defendem aumento real de 5%, além da reposição da inflação de 7,83% (ICV). Plano de Cargos e Salário (PCS) para todos os bancários; metas coletivas definidas pelo movimento sindical; contratação da remuneração variável com distribuição igualitária de 5% da receita de prestação de serviços; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.500 para todos, sem limitador e sem teto; vale-refeição corrigido pela inflação dos alimentos e vale-alimentação de R$ 415 (salário mínimo), além do 13º no vale-refeição; e auxílio-creche/babá com o mesmo valor do mínimo (R$ 415).
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Segurança - Unificação das datas bases de vigilantes e bancários; adicional de risco para funcionários de agências; interdição pela Polícia Federal de agências bancárias que descumprem a lei de segurança; classificação de risco para agências bancárias. Foi aprovada moção de repúdio contra a Fenaban, que entrou na Justiça para impedir a divulgação de pesquisa feita pela Contraf-CUT, que apontou falhas no plano de segurança dos bancos.
> Veja como foram os debates
Emprego - Ações políticas e campanha pela ratificação da Convenção 158 da OIT - Organização Internacional do Trabalho e pela manutenção do emprego, dos direitos dos trabalhadores envolvidos em fusões e aquisições. Fiscalização das atribuições dos estagiários, igualdade de oportunidades e ampliação do emprego para setores discriminados como negros e pessoa com deficiências, além da extensão do horário de atendimento dos bancos com criação de dois turnos de trabalho.
> Confira mais detalhes
Saúde - Combate ao assédio moral e metas abusivas; isonomia de direitos entre afastados e ativos; prevenção e reabilitação; defesa da jornada de seis horas; semana de luta entre 25 a 29 de agosto; estímulo à entrada por parte do trabalhador de ações acidentárias na justiça; cumprimento das NRs do Ministério do Trabalho e Emprego.
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Previdência Complementar – Criação de um plano de previdência complementar fechado para todos os bancários, com gestão compartilhada.
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Bancos Regionais e Fusões - Realização de uma jornada, que inclui visita a parlamentares para exigir a defesa do emprego e dos direitos; Dia Nacional de Luta em 28 de agosto; empenho pela regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal.
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