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Os trabalhadores querem reajuste salarial de 12,8% (sendo aumento real de salários de 5% e reposição da inflação projetada de 7,5%), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.500; valorização dos pisos, vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 545). Os bancários querem ainda o fim das metas abusivas e o combate ao assédio moral, além de mais segurança e empregos.
“Os bancários não abrem mão do aumento real de salários, valorização dos pisos e PLR maior. O que é bem possível em um setor como o financeiro, campeão em lucro e rentabilidade”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários. Ela destaca ainda a necessidade de melhorar as condições de trabalho, que passa pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, que adoecem a categoria.
Inclusão bancária – Democratização do acesso aos serviços bancários, para que todos tenham direito a atendimento de qualidade feito por bancários em agências e postos (PABs), independentemente da região do país, garantindo proteção ao sigilo bancário, aplicação do plano de segurança para funcionamento das agências, bem como a inclusão bancária. Hoje cerca de 40% população brasileira ainda não têm conta-corrente.
Os delegados da Conferência aprovaram ainda apoio ao Projeto de Decreto Legislativo do deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) que susta a resolução 3.954 do Banco Central, que permite a flexibilização da abertura dos correspondentes bancários, considerada pelos trabalhadores a terceirização dos serviços, visando o barateamento do custo dos banqueiros, precarizando as relações de trabalho e prejudicando o atendimento.
Audiência - A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, convocou os bancários a participar da audiência pública, no dia 16 de agosto, em Brasília, que vai debater o PDL no Congresso Nacional.
Venda responsável de produtos financeiros – Junto com a pauta de reivindicações, os bancários irão entregar à Fenaban a Declaração sobre a Venda Responsável de Produtos Financeiros. O objetivo é que os banqueiros assinem o documento elaborado pela Uni Finanças – ligada à UNI Sindicato Global – e se comprometam com a venda ética de produtos e cumpram seu papel social.
Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial de 12,8%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 7,5%
• PLR – três salários mais R$ 4.500
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.297,51)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 545)
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós
• Emprego – Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas e assédio moral – Pressão é a palavra que mais significa o trabalho bancário e conseqüentemente leva os bancários ao adoecimento em níveis epidêmicos.
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.