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Congresso da CUT define plano de lutas

Linha fina
Central realizará mobilizações em todo país no segundo semestre por mais empregos, salários e direitos
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São Paulo - O 11º Congresso Nacional da CUT (Concut) foi um dos maiores realizados pela Central em 28 anos de existência. O encontro reuniu 2.322 delegados de todo o Brasil e 140 dirigentes de 40 países, que debateram e discutiram como os trabalhadores enfrentam os impactos negativos da crise financeira internacional que atinge todas as nações.

Durante cinco dias de trabalho, os delegados participaram de oficinas temáticas, elaboraram propostas sobre o modelo de desenvolvimento que os trabalhadores desejam para as próximas décadas, discutiram estratégia e plano de lutas e elegeram sua nova diretoria para os próximos três anos. Artur Henrique da Silva deixa a presidência após seis anos e assume Vagner Freitas: pela primeira vez um bancário no comando da entidade.

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“É preciso manter nossa concepção classista de organização sindical unida à necessária capacidade de negociação, de interlocução com a sociedade para sermos agentes da construção de um grande projeto que tenha possibilidade de trazer melhorias para o Brasil, construindo um país melhor para os trabalhadores”, destacou Vagner Freitas.

Paridade – Os vários temas em discussão focaram tanto questões internas da entidade quanto propostas de ações para interferir nas esferas política e econômica. Internamente, ganhou destaque a aprovação da paridade entre homens e mulheres em cargos de direção da Central, o que significa que a partir da próxima eleição, no Congresso de 2015, tanto a direção nacional quanto as estaduais da CUT deverão reservar 50% de cargos para cada gênero.

> Concut aprova paridade entre homens e mulheres

Planejamento – A defesa do mercado interno e da geração de empregos; a valorização dos servidores e dos serviços públicos; a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário; o fim do fator previdenciário; a democratização da comunicação; a busca por mais recursos para a agricultura familiar são algumas das estratégias definidas para o próximo período e os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados à Educação são algumas das estratégias definidas para o próximo período.

Jornada de Lutas – Foi aprovada agenda de mobilizações imediatas, a partir de 18 de julho, com a marcha dos servidores federais em Brasília. No dia 15 de agosto está prevista grande marcha que envolverá todo conjunto da classe trabalhadora como forma de pressionar os parlamentares a destravarem as pautas dos trabalhadores barradas no Congresso Nacional.

Como parte da Jornada, a CUT também participará da Marcha dos Rurais pela Reforma Agrária marcada para agosto, e da Marcha Nacional da Educação, em  setembro, além do apoio às campanhas salariais unificadas do segundo semestre. “É papel da CUT organizar as campanhas salariais das diversas categorias em uma política comum para ampliar e garantir direitos. Precisamos aproveitar as campanhas salariais para pressionar que a pauta do conjunto dos trabalhadores seja colocada na ordem do dia”, destacou Vagner.

> CUT encerra Congresso aprovando plano de lutas

Comissão da Verdade – Durante o Congresso, foi aprovada também a entrega de requerimento à Comissão da Verdade, em que a CUT aponta mais de 100 nomes de trabalhadores mortos ou desaparecidos durante a ditadura militar para que haja apuração dos fatos e garantia de respostas às famílias. Além disso, a Central criará uma comissão própria que ficará responsável por acompanhar as investigações e encaminhar à Comissão as denúncias de violações aos direitos humanos contra trabalhadores.

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Redação - 16/7/2012

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