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Bancários de todo o país votam a pauta deste ano

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Conferência Nacional, em Atibaia, reúne delegados de norte a sul do Brasil para definir documento final com reivindicações que serão entregues aos bancos
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São Paulo - O maior fórum deliberativo da categoria bancária é uma etapa fundamental da Campanha Nacional Unificada 2014 e tem início na sexta 25. A 16ª Conferência Nacional, em Atibaia (SP), reunirá 696 participantes, a maioria delegados eleitos por bancários de todos os estados do país, além de observadores.

Até domingo 27, esses trabalhadores discutirão as principais reivindicações da categoria – apontadas em consultas nas bases de cada sindicato –, e votarão a pauta deste ano, documento que será entregue à federação dos bancos (Fenaban) para ser discutido nas mesas de negociação.

“É um momento do ano decisivo para nós, bancários. E nesse período a força da nossa união e a nossa capacidade de mobilização são ainda mais importantes. São elas que arrancarão dos bancos propostas que atendam aos nossos anseios”, destaca a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

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E os bancos podem, afirma a dirigente: “O setor é um dos mais lucrativos e rentáveis do país. Os balanços, divulgados a cada três meses, mostram resultados sempre crescentes”. Só nos primeiros três meses deste ano, cinco das maiores instituições financeiras do Brasil – BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander – lucraram, juntas, R$ 13,6 bilhões, o que representa crescimento de 15% em relação ao mesmo período de 2013.

Se considerarmos todo o ano anterior, os mesmos cinco bancos chegaram a um resultado de R$ 56 bilhões, aumento de 14% em relação a 2012.

Sem contrapartida – Mas esse crescimento não resulta em ganhos nem para os trabalhadores nem para a sociedade. “O setor bancário continua cobrando tarifas e juros altos da população e demitindo trabalhadores”, critica Juvandia.

Os últimos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, referentes ao primeiro semestre deste ano, mostram que o setor bancário segue extinguindo empregos (menos 3.746 vagas), na contramão do restante da economia que criou, no mesmo período, quase 600 mil vagas.

“A campanha é o momento em que a categoria bancária vai para as ruas, cobrando dos bancos mais contratação, melhor remuneração, condições dignas de trabalho e um sistema financeiro que de fato contribua com o desenvolvimento do país. A participação de todos é fundamental”, completa a dirigente.


Andréa Ponte Souza - 24/7/2014

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