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Bancários vão reivindicar reajuste salarial de 12,5% para Febraban

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A categoria bancária definiu neste domingo (27), os itens da Campanha Nacional que serão entregues à Federação dos Bancos (Fenaban) no mês de agosto. Entre os itens principais estão o índice de 12,5% (reposição da inflação mais aumento real de 5,4%, acima da inflação), o piso salarial no valor de R$ 2.979,25 e a PLR (três salários base mais parcela adicional fixa de R$6.247).

A categoria também pede a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 724). E décimo quarto salário. Os bancários reivindicam ainda melhores condições de trabalho, com o fim das metas  abusivas.

A pauta geral da classe trabalhadora também foi debatida e aprovada, como a Reforma Política, democratização dos meios de comunicação e combate a terceirização e precarização das condições de trabalho.

A definição da pauta final de negociação começou no início do mês de julho, com os debates nas conferências estaduais. Neste fim de semana, durante a 16ª Conferência Nacional, em São Paulo, cerca de 700 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país definiram os itens para a Campanha Nacional Unificada 2014.

“Todo ano o setor empresarial tenta fazer alarde com a inflação e dizer que os ganhos salariais geram aumento de preços. No entanto nos últimos anos mais de 90% das negociações tiveram aumentos reais de salário e a inflação esta há 10 anos sem ultrapassar a meta, o que derruba este argumento mentiroso. Na verdade os ganhos salariais geram demanda para as empresas e assim aumentam as possibilidades de investimentos na economia, possibilitando elevações na oferta de produtos e serviços, num ciclo virtuoso de crescimento econômico”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “Nossa Campanha reivindica também melhores condições de trabalho para os bancários, fim das demissões e mais contratações, para atender melhor à população”.

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,6 bilhões, com alta de 15% em relação ao mesmo período de 2013. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. Apenas com a cobrança de tarifas os bancos ganharam R$ 24,3 bilhões, com crescimento de 11,44%. A elevação da taxa Selic levou os bancos a ganharem 41% mais com receitas de títulos e valores mobiliários.

Moção – Neste domingo foi aprovada também moção de repúdio a recente carta enviada pelo Santander a seus clientes de alta renda, em que o banco relaciona o sucesso eleitoral da presidenta Dilma com a piora na economia do país. Todos os delegados aprovaram a moção, que critica a atitude do banco e descreve o ato como “irresponsável não só com a economia, mas com a democracia brasileira. Uma instituição desse porte não pode, ainda que tenha preferência eleitoral, praticar especulação, agredir a imagem do país e pôr em dúvida a nossa estabilidade”. (Veja texto na íntegra no www.spbancarios.com.br).

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional.  Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos dez anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2013 - de 18,3%. Sendo 2010 (3,08%); 2011 (1,50%), 2012 (2,00%) e 2013 (1,82%).

Principais itens aprovados:

• Reajuste Salarial de 12,5%, sendo 5,4% de aumento real, além da inflação projetada de 6,76%
• PLR – três salários mais R$ 6247
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.979,25)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 724);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias
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