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Inflação tem taxa menor pelo terceiro mês seguido

Linha fina
IPCA registra menor índice em nove meses, com deflação no grupo de alimentos. Taxa em 12 meses fica no teto da meta. Copa fez aumentar preços de passagens aéreas e diárias de hotéis
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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve variação de 0,40% em junho. A taxa, que diminuiu há três meses, é a menor desde setembro do ano passado. Mas na "troca" com junho de 2013 (0,26%), o acumulado em 12 meses sobe para 6,52% (praticamente o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional), ante 6,37% nos 12 meses imediatamente anteriores. O índice oficial de inflação fechou o primeiro semestre em 3,75% acima de igual período do ano passado (3,15%). Os dados foram divulgados na manhã de hoje (8) pelo IBGE.

Um dos fatores para o índice mensal menor foi o grupo Alimentação e Bebidas, "em desaceleração pelo terceiro mês consecutivo", que passou de 0,58%, em maio, para -0,11% – segundo o IBGE, foi o menor resultado desde julho do ano passado (-0,33%). Os alimentos consumidos em casa, que haviam subido 0,41% no mês anterior, caíram 0,60%. "Parte dos produtos passou a custar menos e parte teve variação reduzida", diz o instituto, que destacou a batata-inglesa (-11,46%) e o tomate (-9,58%).

Outros itens registraram queda no mês passado. Foram os casos de cenoura (-7,67%), farinha de mandioca (-6,83%), feijão carioca (-6,78%), hortaliças (-6,65%), feijão fradinho (-6%), cebola (-4,21%), feijão preto (-3,67%), frutas (-3,52%), feijão mulatinho (-1,11%) e ovo (-1,04%), entre outros.

Entre os produtos que tiveram ritmo menor de alta, estão o frango (0,07%), queijo (0,25%) e o alho (0,89%). Subiram em relação a maio o café solúvel (3,03%), o leite em pó (2,34%), a farinha de trigo (1,77%), o presunto (1,41%) e o açúcar (0,62%).

O que pesou mais foram os alimentos consumidos fora de casa, ainda que com desaceleração (de 0,91% para 0,82%). A refeição foi de 0,96% para 0,75%, o refrigerante, de 1,29% para 0,51% e a cerveja, de 0,34% para 0,01%.

A maior parte dos grupos que compõem o IPCA teve índice menor em junho. Habitação, por exemplo, foi de 0,61% para 0,55%, mesmo – como destaca o IBGE – com altas na taxa de água e esgoto (0,95%), no aluguel residencial (0,84%) e em artigos de limpeza (0,92%). Mas a tarifa de energia elétrica foi de 3,71% para 0,13%, com quedas no Rio de Janeiro (-3,76%), Belo Horizonte (-1,07%) e Brasília (-1,35%).

O grupo Transportes, que havia caído 0,45% em maio, subiu 0,37% no mês passado, com impacto da alta de 21,95% em tarifas aéreas, sob efeito da Copa do Mundo. O litro do etanol ficou 3,42% mais barato e o da gasolina, 0,72%, enquanto a tarifa de ônibus urbano subiu menos (de 0,72% para 0,58%).

Outro item que também recebeu impacto da Copa foram as diárias de hotéis, que aumentaram 25,33%, levando o grupo Despesas Pessoais a subir 1,57% em junho, ante 0,80% no mês anterior. Foi o maior variação entre os grupos e o principal impacto no índice geral (0,17 ponto percentual).

Entre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Recife (0,71%), onde as diárias de hotéis aumentaram 32,69%. O menor foi registrado em Belém (0,21%), com queda de 0,56% nos alimentos consumidos em casa.

O IPCA variou 0,42% em Belo Horizonte, 0,55% em Brasília, 0,45% em Campo Grande, 0,37% em Curitiba, 0,35% em Fortaleza, 0,27% em Goiânia, 0,29% em Porto Alegre, 0,40% no Rio de Janeiro, 0,66% em Salvador e 0,37% em São Paulo.

INPC - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) passou de 0,60%, em maio, para 0,26%, taxa próxima da de junho de 2013 (0,28%). Com o resultado, o primeiro semestre fechou em 3,79%, ante 3,30% em igual período do ano passado. Em 12 meses, o INPC está acumulado em 6,06%, abaixo dos 12 meses imediatamente anteriores (6,08%).


Rede Brasil Atual - 8/7/2014

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