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Mercado formal abre 25 mil vagas em junho

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Saldo é o menor para o mês desde 1998. Indústria, construção civil e comércio fecharam vagas. Serviços e agropecuário tiveram alta. Total de empregos atinge 589 mil no ano. Desde 2011, são 5,1 milhões
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São Paulo – O mercado formal de trabalho abriu 25.363 vagas em junho, variação mínima, de apenas 0,06%, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na tarde de na quinta 17 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Foi o resultado mais fraco para o mês desde 1998, embora a série atual seja comparável apenas a partir de 2003.

No primeiro semestre, o total chegou a 588.671 (o menor saldo desde 2009), expansão de 1,45% no estoque total, de aproximadamente 41 milhões. Em 12 meses, o saldo é de 763.499, crescimento de 1,89%. Desde janeiro de 2011, o país criou 5.106.855 postos de trabalho, alta de 11,59%.

Os resultados de junho nos últimos dez anos evidenciam a diminuição de ritmo. Foi a primeira vez, desde 1999, que o saldo ficou abaixo de 100 mil. Em 2008, melhor mês nesse período, foram criadas 309.442 empregos com carteira. Em junho do ano passado, foram 123.836.

No mês passado, as vagas foram criadas, basicamente, no setor de serviços (31.143), que cresceu em cinco dos seis segmentos, e na agropecuária (40.818). Eliminaram postos de trabalho a indústria de transformação (-28.553) – com queda em todos os 12 ramos pesquisados –, a construção civil (-12.401) e o comércio (-7.070). A administração pública abriu 1.548, variação de 0,17%. O total de admissões chegou a 1.639.407, o quarto maior para junho, e o de demissões atingiu 1.614.044, o segundo maior.

O emprego caiu nas regiões metropolitanas: menos 12.027, queda de 0,07%. E cresceu no interior, com 32.027 postos de trabalho (0,21%). Das áreas metropolitanas, aumentou o número de vagas no Rio de Janeiro e caiu, principalmente, em Salvador, São Paulo e Curitiba.

O ministro Manoel Dias atribuiu o resultado fraco de junho ao desempenho da indústria. Mesmo assim, espera que a política de desonerações reverta esse quadro. O governo espera que o país tenha saldo de um milhão de empregos formais em 2014. Seria um resultado próximo ao do ano passado (1,1 milhão).

Nos primeiros seis meses de 2014, o emprego formal também se concentrou nos serviços (386.036, variação de 2,29%), mas a maioria dos setores teve saldo positivo. A exceção foi o comércio, que eliminou 58.096 vagas (-0,63%). A maior alta percentual (7,1%) foi da agropecuária, com 110.840 postos de trabalho formais. A administração pública teve saldo de 26.172 (2,88%). A indústria criou 44.146 vagas (0,53%), e a construção civil, 73.343 (2,35%).

Também no primeiro semestre, os salários médios de admissão tiveram aumento real (acima da inflação) de 1,84%, passando de R$ 1.152,73 para R$ 1.173,90.

Fiesp - A indústria paulista demitiu 16.500 trabalhadores em junho (-0,64%), informaram hoje a federação e o centro das indústrias (Fiesp e Ciesp). Foi o pior resultado desde 2006, quando a pesquisa começou a ser feita. Em 12 meses, foram eliminados 96.500 postos de trabalho no setor.


Rede Brasil Atual - 17/7/2014

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