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Reforma Política é a mãe de todas as reformas

Linha fina
Vagner Freitas, bancário e presidente da CUT, destacou a importância da participação do movimento sindical na realização do plebiscito sobre tema
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Atibaia – Dentro de poucos dias, os brasileiros vão às urnas, ou melhor, as urnas vão até os brasileiros para uma importante votação. Não, não são as eleições presidenciais. Trata-se do Plebiscito sobre a Constituinte da Reforma Política, encampado pelos movimentos social e sindical. E entre os responsáveis pela organização e coleta de votos estão os sindicatos de bancários. Por isso mesmo, a Conferência Nacional dos Bancários reservou um espaço, nesta sexta 25, para discutir o assunto.

O presidente da CUT, Vagner Freitas (foto à direita), explicou que a ideia da constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política foi proposta pela presidenta Dilma Rousseff como resposta aos anseios expostos pelos brasileiros nos protestos de junho do ano passado. “Mas os conservadores conseguiram derrubar a proposta. E o Congresso Nacional não tem interesse alguma em avançar nesse debate. Por isso, decidimos encampar esse plebiscito e vamos realizá-lo em meio à luta do dia-a-dia”, destacou. “Trata-se de um processo de frente ampla para, primeiramente, pautar e popularizar a discussão sobre a Reforma Política na sociedade; e, mais do que isso, inserir o tema nos debates das eleições de outubro, explicitando oposição ao conservadorismos da direita”, explicou.

A coleta de votos será realizada na Semana da Pátria, de 1º a 7 de setembro, em todo o Brasil. “Os bancários estarão em plena Campanha Nacional, mas é importantíssimo que os sindicatos trabalhem paralelamente com o plebiscito. Os sindicatos são o instrumento mais importante de transformação social do país, temos capacidade de mobilização popular e precisamos garantir esta que é a mãe de todas as reformas”, disse Vagner, que é bancários e presidiu a Contraf-CUT por dois mandatos.

A ditadura do capital – Cerca de 80% dos deputados federais e senadores fazem suas campanhas políticas com dinheiro doado pelos empresários. Para Vagner, isto é um “atentado à democracia brasileira, uma ditadura às avessas”. Segundo ele, as empresas que são os principais financiadores das campanhas políticas são as mesmas que deram suporte ao Golpe Militar de 64.

“É por isso que realizar esse plebiscito será um grande desafio. Para a CUT, o financiamento público de campanha é a pilastra da Reforma Política. Mas os conservadores já têm seu discurso pronto, vão dizer que queremos tirar dinheiro da saúde, da educação, para dar aos políticos corruptos. Precisamos mostrar para a sociedade que os políticos eleitos com financiamento de empresários vão representar os empresários e não o trabalhador”, explicou.

Além de Vagner, o professor Júlio Turra (foto à esquerda), diretor da CUT, também debateu o tema com os participantes da Conferência Nacional dos Bancários e lembrou que a CUT já defendia a constituinte exclusiva da Reforma Política em 2012. “Depois vieram os protestos de 2013, em que a população gritava que esses políticos não nos representam. As marchas mostraram que o sistema político está separado da população. Dilma percebeu e propôs a constituinte, mas os conservadores barraram. No entanto, a bola da Dilma ficou quicando e nós pegamos e lançamos o plebiscito em novembro passado. Agora, vamos colocá-lo em prática e lutar para mudar a política e o Brasil”, concluiu.


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Rede de Comunicação dos Bancários - 25/7/2014

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