Imagem Destaque
São Paulo – Um dos principais alvos de protestos dos empregados da Caixa, a Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), será estendida a cargos de nível médio. A informação consta em comunicado interno da estatal, estabelecendo que no chamado Ciclo 2015 da GDP, o público-alvo - além dos chefes de unidade - abrangerá empregados em funções gratificadas dos demais níveis de gestão.
A GDP estipula contrato individual entre o empregado e sua chefia e impõe ao trabalhador acordo no qual deve se comprometer com metas a serem cumpridas em determinado período.
O movimento sindical considera que esse programa ameaça conquistas históricas dos empregados da Caixa como a promoção por mérito. “A Caixa precisa de mais gente para trabalhar, mas ao invés de acelerar o processo de contratação, sua gestão prioriza a exploração e a sobrecarga aos empregados”, critica o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis.
A GDP estipula contrato individual entre o empregado e sua chefia e impõe ao trabalhador acordo no qual deve se comprometer com metas a serem cumpridas em determinado período.
O movimento sindical considera que esse programa ameaça conquistas históricas dos empregados da Caixa como a promoção por mérito. “A Caixa precisa de mais gente para trabalhar, mas ao invés de acelerar o processo de contratação, sua gestão prioriza a exploração e a sobrecarga aos empregados”, critica o diretor executivo do Sindicato Dionísio Reis.
A GDP abre espaço para cobrança por metas abusivas, assédio moral e provoca conflitos no ambiente de trabalho, avalia Dionísio. “Há o estimulo do aumento da competitividade com essa cobrança ao indivíduo, prejudicando o trabalho em equipe, o que é contraproducente para o banco e piora muito o clima das unidades.”
Meritocracia – Um dos princípios do programa é a meritocracia, visão corporativa que supervaloriza o sucesso e estigmatiza o fracasso, sendo o empregado o único responsável por ambos. “A gestaão de desempenho copia modelos de bancos privados e condenados pelo movimento sindical por, comprovadamente, estarem ligados ao adoecimento de bancários devido a pressão pelo cumprimento de metas e ao assédio moral”, afirma Dionisio Reis, que também é secretário de Saúde do Sindicato.
“A Caixa poderia dar exemplo ao sistema financeiro, em vez de copiar modelos que não dão certo no mercado. A política é tão nefasta que o 31º Conecef definiu priorizar uma campanha pelo fim da GDP e que a Caixa assine acordo colocando um fim às metas abusivas”, finaliza o dirigente.
Rodolfo Wrolli – 2/7/2015