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Brasília - Dois dos três depoentes previstos para serem ouvidos pela comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga no Senado denúncias de fraude no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) preferiram ficar calados e não responder às perguntas dos parlamentares, nesta terça-feira 30.
A comissão investiga esquema em que grandes empresas subornavam integrantes do Carf para serem absolvidas de pagar impostos ou ter os valores reduzidos significativamente. O vice-presidente do Santander, Marcos Madureira, e diversos outros altos executivos de grandes empresas também foram convocados para depor.
> Vice-presidente do Santander é convocado por CPI
A única que falou, Gegliane Maria Bessa, ex-funcionária de um dos principais escritórios que cuidavam de processos no Carf, falou aos senadores em reunião fechada. Ela trabalhava para a J.R. Silva Advogados e Associados.
Segundo a relatora da comissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gegliane contribuiu com os trabalhos, mas ainda pode contribuir muito mais. "A Gegliane aceitou falar de forma reservada e muito seletiva, mas os sinais estão dados e com a permanência dela no Brasil poderemos continuar o diálogo".
Sem respostas - Após o depimento a portas fechadas, a reunião continuou com a presença de Adriana Oliveira e Ribeiro, conselheira do órgão entre 2011 e 2014 e apontada como uma das principais peças do esquema. A advogada alegou não ter tido acesso a todos os documentos do processo e, por isso, se recusou a responder às perguntas que lhe seriam feitas.
Já Jorge Victor Rodrigues, consultor tributário que também foi conselheiro do órgão entre 2011 e 2014 e é acusado de intermediar o pagamento de propina das empresas a conselheiros do órgão, chegou a responder a algumas das perguntas. Ele reconheceu ser dono de duas empresas de consultoria e negou conhecer a maior parte dos demais envolvidos nas denúncias. Também garantiu não ter participado dos julgamentos dos processos investigados pela comissão.
Prejuízos - O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda por meio do qual os contribuintes podem contestar administrativamente certas multas aplicadas pela Receita Federal. A Operação Zelotes, deflagrada em março por diversos órgãos federais de investigação, em conjunto com a Polícia Federal, constatou que grandes empresas vinham subornando integrantes do órgão para serem absolvidos de pagar impostos devidos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago.
A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas auditores envolvidos na operação avaliam que a fraude pode ultrapassar R$ 19 bilhões.
A comissão investiga esquema em que grandes empresas subornavam integrantes do Carf para serem absolvidas de pagar impostos ou ter os valores reduzidos significativamente. O vice-presidente do Santander, Marcos Madureira, e diversos outros altos executivos de grandes empresas também foram convocados para depor.
> Vice-presidente do Santander é convocado por CPI
A única que falou, Gegliane Maria Bessa, ex-funcionária de um dos principais escritórios que cuidavam de processos no Carf, falou aos senadores em reunião fechada. Ela trabalhava para a J.R. Silva Advogados e Associados.
Segundo a relatora da comissão, senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Gegliane contribuiu com os trabalhos, mas ainda pode contribuir muito mais. "A Gegliane aceitou falar de forma reservada e muito seletiva, mas os sinais estão dados e com a permanência dela no Brasil poderemos continuar o diálogo".
Sem respostas - Após o depimento a portas fechadas, a reunião continuou com a presença de Adriana Oliveira e Ribeiro, conselheira do órgão entre 2011 e 2014 e apontada como uma das principais peças do esquema. A advogada alegou não ter tido acesso a todos os documentos do processo e, por isso, se recusou a responder às perguntas que lhe seriam feitas.
Já Jorge Victor Rodrigues, consultor tributário que também foi conselheiro do órgão entre 2011 e 2014 e é acusado de intermediar o pagamento de propina das empresas a conselheiros do órgão, chegou a responder a algumas das perguntas. Ele reconheceu ser dono de duas empresas de consultoria e negou conhecer a maior parte dos demais envolvidos nas denúncias. Também garantiu não ter participado dos julgamentos dos processos investigados pela comissão.
Prejuízos - O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda por meio do qual os contribuintes podem contestar administrativamente certas multas aplicadas pela Receita Federal. A Operação Zelotes, deflagrada em março por diversos órgãos federais de investigação, em conjunto com a Polícia Federal, constatou que grandes empresas vinham subornando integrantes do órgão para serem absolvidos de pagar impostos devidos ou reduzir de forma significativa o valor a ser pago.
A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas auditores envolvidos na operação avaliam que a fraude pode ultrapassar R$ 19 bilhões.
Agência Senado, com edição da Redação - 2/7/2015