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Metalúrgicos entregam pauta e abrem campanha

Linha fina
Sindicalistas aprovaram como principais bandeiras redução da jornada para 40 horas semanais, reposição da inflação e aumento real, unificação dos pisos e valorização das cláusulas sociais
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São Paulo – Com a entrega da pauta de reivindicações a seis grupos patronais, a Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT) no estado de São Paulo abre nesta sexta-feira 3 a campanha salarial deste ano. As negociações envolvem aproximadamente 200 mil trabalhadores, com data-base em 1º de setembro.

A atividade prevê entrega do documento em dois locais: às 9h30, na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp), para os grupos 2 (máquinas e produtos eletroeletrônicos), 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração e equipamentos ferroviários e rodoviários, entre outros), 10 (lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação e material bélico, entre outros), estamparia e fundição. Mais tarde, às 11h30, os sindicalistas estarão no Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), para levar a pauta ao Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos).

Segundo a FEM-CUT, 41% dos trabalhadores na base cutista em São Paulo concentram-se em empresas do Grupo 2. Outros 23% estão em indústrias do Grupo 3 e 21%, no Grupo 8%. Há ainda 11% em fábricas do Grupo 10 e 2% tanto em estamparia como em fundição. As montadoras têm negociação à parte.

Os metalúrgicos aprovaram como principais bandeiras jornada de 40 horas semanais, reposição da inflação e aumento real, unificação e valorização dos pisos e valorização das cláusulas sociais. O slogan da campanha é “nenhum direito a menos e mais avanços sociais”. As cláusulas sociais serão o destaque da pauta. Foram apresentadas mais de 30 contribuições que vieram das plenárias regionais, que propõem melhorias nas cláusulas pré-existentes – em vigor nas convenções coletivas de trabalho – e a inclusão de direitos.

“Queremos uniformizar as nossas cláusulas pelo que temos de melhor em cada grupo”, afirma o presidente da FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias. "Temos de ser a locomotiva do movimento sindical para buscar, além do aumento real, mais direitos sociais."

Com a finalidade politizar o debate, a FEM e os sindicatos filiados realizaram nesta semana três atos: em Diadema, na segunda-feira 29, em frente à Apis Delta, onde participaram 1.500 metalúrgicos de quatro fábricas (Delga, Apis Delta, Legas e Metal Park). Na terça-feira 30, na Gerdau, em Pindamonhangaba, reunindo mais de mil trabalhadores, e na quarta 1º, em frente ao Centro das Indústrias do Estado (Ciesp) em São Carlos.


Rede Brasil Atual - 3/7/2015
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