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Metas do Agir pressionam bancários no Itaú

Linha fina
Cobrança e pressão no programa próprio levam funcionários a desenvolver doenças como depressão
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São Paulo – Pressionados para cumprir as metas do Agir, os bancários do Itaú estão procurando o Sindicato. “Recebemos denúncias de que a pressão para bater as metas no Itaú está infernal, férias nem pensar, eles são obrigados a tirar 20 dias e, às vezes, fracioná-la para não prejudicar a pontuação da agência e a individual”, aponta Valeska Pincovai, diretora do Sindicato. Os bancários também relatam que ao sair de férias, ao invés de zerar, a pontuação se acumula e dobra, obrigando-os a fazer o dobro do serviço.

“Com a pressão para atingir os resultados do Agir e não serem penalizados, os funcionários estão se desesperando e tendo de fazer mágicas que prejudicam a vida profissional”, reforça a dirigente, lembrando do crescente número de demissões por justa causa na instituição.

>Crescem demissões por justa causa no Itaú

Segundo Valeska também estão chegando relatos sobre centenas de bancários que estão sendo investigados na inspetoria do banco. “E mais uma vez fica constatado que esta política de cobrança de metas é abusiva e leva qualquer trabalhador à loucura. São vários os casos de funcionários com surto psicótico, depressão, estresse e outras doenças por causa do Agir”, completou.

No dia 15 de julho o Itaú realizou uma apresentação do programa Agir ao movimento sindical. Para Valeska, a ocasião deixou claro aos representantes dos trabalhadores que o programa é massacrante e que as metas são inalcançáveis. “Não concordamos com essa política. Queremos que os trabalhadores sejam respeitados e tenham o mínimo de qualidade de vida para exercerem sua função no local de trabalho. Não vale a pena entregar a sua vida ao banco. Bancário do Itaú, sua vida não tem preço”, ressalta.


Luana Arrais – 20/7/2015
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