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Assédio moral motiva protesto no Santander

Linha fina
Sindicato reage contra prática causada pela cobrança excessiva por metas abusivas; banco havia se comprometido a orientar seus gestores a construir relações de trabalho equilibradas e respeitosas
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São Paulo – Em 2014, o Santander se comprometeu com o movimento sindical, por meio da ratificação do acordo coletivo aditivo dos trabalhadores do banco, a orientar seus gestores sobre práticas de gestão equilibradas, respeitosas, responsáveis e éticas.

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O que parecia um marco promissor nas relações de trabalho se mostrou uma decepção. Passados quase dois anos, os funcionários continuam enfrentando cobranças excessivas para o cumprimento de metas abusivas, e as consequências disso: sobrecarga e adoecimento.

Diante da falta de compromisso com aquilo que o Santander ratificou em mesa de negociação, o Sindicato protestou em frente à superintendência SP Tatuapé na sexta-feira 22, das 11h às 14h. A manifestação, com direito a uma sardinhada, foi motivada por inúmeras denúncias que chegaram ao Sindicato nas últimas semanas.

O dirigente sindical Marcelo Sá lembra que não é a primeira vez que aquela superintendência – responsável por 31 agências na zona Leste – é motivo de reclamações por assédio moral.

“O banco já está ciente da situação. Já houve denúncia contra o superintendente via canal de assédio moral, mas nada mudou. Já é a terceira vez que protestamos e vamos protestar quantas vezes forem necessárias até que o banco cumpra com a sua palavra colocando em prática aquilo que se comprometeu na mesa de negociação e oriente seus gestores a respeitar seus funcionários”, afirma o dirigente.

Recentemente, o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, enviou mensagem corporativa aos funcionários coibindo assédio moral. “(...) vemos exemplos muito graves de abuso moral e verbal, com sérias consequências para os funcionários envolvidos. Assédio de qualquer espécie não será tolerado aqui”, diz o comunicado.

“O movimento sindical espera que essa determinação seja cumprida e vamos acompanhar de perto”, diz Marcelo Sá. “Os funcionários que forem vítimas de assédio moral devem denunciar ao Sindicato”, orienta.

Para fazer uma denúncia ligue 3188-5200 ou acesse o canal Assuma o Controle (clique aqui). O Sindicato irá apurar a denúncia junto ao banco e o sigilo da vítima é absoluto.


Rodolfo Wrolli – 22/7/2016
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