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São Paulo – Trabalhadores representados pelas maiores centrais sindicais do Brasil fizeram um ato conjunto diante da sede do Banco Central em São Paulo, na Avenida Paulista, em protesto contra os altos juros. A manifestação foi realizada na terça-feira 19, primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que anunciará na quarta a taxa básica de juros para os próximos 45 dias. A expectativa do mercado é de manutenção em 14,25% ao ano.
Todos os discursos relacionaram os juros altos à estagnação da economia e ao desemprego. Participaram representantes de sete centrais. “Quantos maiores forem os juros, menor será o investimento”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou a sangria de recursos que ocorre por causa dos juros, que só no ano passado, lembrou, representaram quase R$ 500 bilhões, aproximadamente 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, já foram mais R$ 300 bilhões.
“Eles estão se aproveitando do orçamento público, dos impostos, para ficar com a nossa riqueza”, criticou Juvandia, citando ainda as taxas cobradas pelo uso de cheque especial e cartão de crédito e o lucro líquido dos cinco principais bancos brasileiros, que no primeiro trimestre somou R$ 13 bilhões. “Precisamos que o capital seja investido na produção e não colocado no sistema financeiro.”
Propostas para crescer – Depois deste ato unificado, o primeiro sob o governo interino, as centrais sindicais farão um encontro nacional daqui a uma semana. As entidades pretendem aprovar ações e um documento com propostas de retomada do crescimento econômico e contra corte de direitos. “O que vem pela frente é uma agenda de precarização”, disse Nobre, citando propostas do governo e afirmação recente do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre jornada de trabalho, posteriormente contestada. “Essa declaração tem de ser levada a sério.”
O encontro, na terça-feira 26, com representantes das centrais em todos os estados, será realizado no mesmo local (Espaço Hakka, na Liberdade, região central de São Paulo) onde, em dezembro, centrais e entidades empresariais aprovaram o Compromisso pelo Desenvolvimento, com propostas de recuperação da economia.
Segundo Sérgio Nobre, o documento a ser aprovado no próximo encontro vai refletir a preocupação das centrais com medidas discutidas pelo governo interino, como reforma da Previdência, o projeto de terceirização, o papel da Petrobras no pré-sal e privatizações. “Há um plano de retirada de direitos. Temos propostas para o Brasil”, ressaltou.
Reportagem de Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, com edição da Redação – 19/7/2016
Todos os discursos relacionaram os juros altos à estagnação da economia e ao desemprego. Participaram representantes de sete centrais. “Quantos maiores forem os juros, menor será o investimento”, afirmou o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, destacou a sangria de recursos que ocorre por causa dos juros, que só no ano passado, lembrou, representaram quase R$ 500 bilhões, aproximadamente 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Neste ano, já foram mais R$ 300 bilhões.
“Eles estão se aproveitando do orçamento público, dos impostos, para ficar com a nossa riqueza”, criticou Juvandia, citando ainda as taxas cobradas pelo uso de cheque especial e cartão de crédito e o lucro líquido dos cinco principais bancos brasileiros, que no primeiro trimestre somou R$ 13 bilhões. “Precisamos que o capital seja investido na produção e não colocado no sistema financeiro.”
Propostas para crescer – Depois deste ato unificado, o primeiro sob o governo interino, as centrais sindicais farão um encontro nacional daqui a uma semana. As entidades pretendem aprovar ações e um documento com propostas de retomada do crescimento econômico e contra corte de direitos. “O que vem pela frente é uma agenda de precarização”, disse Nobre, citando propostas do governo e afirmação recente do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre jornada de trabalho, posteriormente contestada. “Essa declaração tem de ser levada a sério.”
O encontro, na terça-feira 26, com representantes das centrais em todos os estados, será realizado no mesmo local (Espaço Hakka, na Liberdade, região central de São Paulo) onde, em dezembro, centrais e entidades empresariais aprovaram o Compromisso pelo Desenvolvimento, com propostas de recuperação da economia.
Segundo Sérgio Nobre, o documento a ser aprovado no próximo encontro vai refletir a preocupação das centrais com medidas discutidas pelo governo interino, como reforma da Previdência, o projeto de terceirização, o papel da Petrobras no pré-sal e privatizações. “Há um plano de retirada de direitos. Temos propostas para o Brasil”, ressaltou.
Reportagem de Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual, com edição da Redação – 19/7/2016