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São Paulo – A crise econômica na América Latina e Caribe experimentará um aprofundamento este ano, em relação ao ano passado. Relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), apresentado ontem (26), projeta um recuo do Produto Interno Bruto (PIB) dos países da região de -0,8% em 2016, frente a queda de -0,5% em 2015.
“A capacidade dos países para acelerar o crescimento econômico depende dos espaços para adotar políticas que apoiem o investimento. Estas políticas devem ser acompanhadas de esforços para mudar o diálogo entre o setor público e as empresas privadas. Aumentar a produtividade é também um desafio chave para avançar rumo a um caminho de crescimento dinâmico e estável”, declarou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena.
No documento intitulado Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2016, o organismo regional da ONU enfatiza a urgência de promover o investimento – tanto público como privado – para estimular a recuperação econômica da região e cumprir os desafios estabelecidos pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
No âmbito regional, para a América do Sul espera-se retração de -2,1% em 2016, afetada principalmente por uma deterioração em seus termos de troca, uma menor demanda externa e uma importante desaceleração da demanda interna, que reflete uma significativa queda no investimento interno.
A América Central crescerá 3,8% graças ao impulso derivado de uma melhora em seus termos de troca, produto de um menor preço do petróleo, a recuperação de sua demanda externa e interna e um aumento dos ingressos por remessas do exterior. Entretanto, o Caribe sofrerá retração de -0,3% em seu Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o relatório da Cepal, em 2016 se prevê que seis países tenham retração econômica: Venezuela (-8%), Suriname (-4%), Brasil (-3,5%), Trinidad e Tobago (-2,5%), Equador (-2,5%) e Argentina (-1,5%).
Por outro lado, o crescimento regional será encabeçado pela República Dominicana (6,0%), Panamá (5,9%), Nicarágua e Bolívia (4,5%), e Costa Rica (4,3%).
O relatório indica que no âmbito externo a economia mundial manterá baixas taxas de crescimento, que serão acompanhados por uma lenta expansão do comércio, que não conseguiu recuperar os níveis registrados antes da crise financeira global. A isto se soma a deterioração nos preços de exportação dos produtos básicos da região e a maior incerteza e volatilidade financeira internacional, que aumentaram após a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (o chamado Brexit). Este último também causou maiores riscos para o crescimento futuro do mundo.
Justiça fiscal - A Cepal enfatiza a necessidade da retomada do caminho do crescimento e que para isso é necessário mudar as estruturas tributárias dos países para melhorar a arrecadação e a progressividade, fortalecer o imposto sobre a renda, tanto de pessoas como de empresas, e combater a evasão e a elisão fiscal, que alcançaram 6,7% do PIB regional em 2015, com um valor total estimado de US$ 340 bilhões.
Igualmente, a comissão entende que é necessário renovar as parcerias público-privadas e promover coalizões políticas que criem incentivos adequados para direcionar o financiamento para os objetivos de desenvolvimento. Deve-se, também, fomentar a inclusão financeira como uma política de inserção produtiva mediante a criação de mercados e novos instrumentos inovadores.
Rede Brasil Atual - 27/7/2016
“A capacidade dos países para acelerar o crescimento econômico depende dos espaços para adotar políticas que apoiem o investimento. Estas políticas devem ser acompanhadas de esforços para mudar o diálogo entre o setor público e as empresas privadas. Aumentar a produtividade é também um desafio chave para avançar rumo a um caminho de crescimento dinâmico e estável”, declarou a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena.
No documento intitulado Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2016, o organismo regional da ONU enfatiza a urgência de promover o investimento – tanto público como privado – para estimular a recuperação econômica da região e cumprir os desafios estabelecidos pela Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
No âmbito regional, para a América do Sul espera-se retração de -2,1% em 2016, afetada principalmente por uma deterioração em seus termos de troca, uma menor demanda externa e uma importante desaceleração da demanda interna, que reflete uma significativa queda no investimento interno.
A América Central crescerá 3,8% graças ao impulso derivado de uma melhora em seus termos de troca, produto de um menor preço do petróleo, a recuperação de sua demanda externa e interna e um aumento dos ingressos por remessas do exterior. Entretanto, o Caribe sofrerá retração de -0,3% em seu Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o relatório da Cepal, em 2016 se prevê que seis países tenham retração econômica: Venezuela (-8%), Suriname (-4%), Brasil (-3,5%), Trinidad e Tobago (-2,5%), Equador (-2,5%) e Argentina (-1,5%).
Por outro lado, o crescimento regional será encabeçado pela República Dominicana (6,0%), Panamá (5,9%), Nicarágua e Bolívia (4,5%), e Costa Rica (4,3%).
O relatório indica que no âmbito externo a economia mundial manterá baixas taxas de crescimento, que serão acompanhados por uma lenta expansão do comércio, que não conseguiu recuperar os níveis registrados antes da crise financeira global. A isto se soma a deterioração nos preços de exportação dos produtos básicos da região e a maior incerteza e volatilidade financeira internacional, que aumentaram após a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (o chamado Brexit). Este último também causou maiores riscos para o crescimento futuro do mundo.
Justiça fiscal - A Cepal enfatiza a necessidade da retomada do caminho do crescimento e que para isso é necessário mudar as estruturas tributárias dos países para melhorar a arrecadação e a progressividade, fortalecer o imposto sobre a renda, tanto de pessoas como de empresas, e combater a evasão e a elisão fiscal, que alcançaram 6,7% do PIB regional em 2015, com um valor total estimado de US$ 340 bilhões.
Igualmente, a comissão entende que é necessário renovar as parcerias público-privadas e promover coalizões políticas que criem incentivos adequados para direcionar o financiamento para os objetivos de desenvolvimento. Deve-se, também, fomentar a inclusão financeira como uma política de inserção produtiva mediante a criação de mercados e novos instrumentos inovadores.
Rede Brasil Atual - 27/7/2016