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São Paulo – Dirigentes sindicais paralisaram as atividades de agência do Itaú na Avenida Sapopemba, zona leste da capital, para denunciar injustiça cometida contra uma bancária, demitida por orientação da Inspetoria da instituição. O protesto ocorreu na quarta-feira 20.O Sindicato reivindicou a reintegração, mas a direção do banco informou que não revogará a decisão.
A trabalhadora narrou enredo vivido por diversos funcionários que passaram pela mesma “Via Sacra”. Primeiro foi chamada à Inspetoria, no Ceic (Centro Empresarial Itaú Conceição), para dar esclarecimentos de suas tarefas na agência que, segundo o banco, era investigada por suspeita de irregularidades. Poucos dias depois, foi convocada novamente, acusada de conduta inadequada no trato de contas de clientes.
“Ela disse que sempre fez tudo dentro das normas do banco e negou ter feito algo errado. Quando pediu para que mostrassem provas da irregularidade, inspetores disseram que só fariam isso na Justiça”, relata o dirigente sindical Sérgio Lopes, o Serginho. “Disseram à bancária que ela seria afastada até a investigação ser concluída. Mas quando a trabalhadora voltou à unidade para pegar seus pertences recebeu a carta de demissão.”
Serginho critica a postura da Inspetoria e a conivência da instituição. “Se uma pessoa é acusada de algo, ela tem o direito de saber o motivo. Não aceitamos essa truculência e por isto paralisamos a unidade hoje. E também colocamos nosso departamento jurídico à disposição da bancária.”Histórico de perseguição – O setor de Inspetoria do Itaú já foi alvo de denúncias de bancários devido à forma truculenta como realiza investigações. Há relatos de funcionários vítimas de coação e até violação de direitos. Em todas as situações a orientação é que não assinem nenhum documento e denunciem ao Sindicato.
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Jair Rosa – 20/7/2016
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