Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Desrespeito

Gerente do Bradesco humilha e desestimula equipe

Linha fina
Gestor regional é reincidente na prática de assédio moral; bancários relatam grosserias e muitos chegam a pensar em sair da empresa
Imagem Destaque
Montagem: Linton Publio/Seeb-SP

São Paulo – Cobranças desrespeitosas e humilhações fazem parte do dia a dia de quem tem de lidar diretamente com o gerente regional Tucuruvi, do Bradesco. Diversas denúncias apontam que a prática de assédio moral do gestor é frequente e não é de hoje. “Há queixas contra esse mesmo gestor quando ocupava cargos de gerente-geral em diversas agências. Ou seja, é um caso de reincidência e o banco tem de tomar providências imediatas”, afirma o diretor do Sindicato e funcionário do Bradesco Marcos do Amaral, o Marquinhos.

O dirigente informa que uma das denúncias contra o gerente regional foi feita por meio do Assuma o Controle do Sindicato – instrumento de combate ao assédio e outros problemas nos locais de trabalho, previsto na CCT. “O banco ficou de conversar com o gestor e reorientá-lo sobre como tratar os colegas de trabalho, mas parece que ainda não houve mudança de postura, pois as queixas contra ele continuam chegando até nós.”

Segundo os relatos de subordinados ao gerente, a cobrança pelo cumprimento das metas é feita de forma rude e constrangedora. “Muitas vezes, os bancários são cobrados na frente de colegas, o que faz com que o funcionário se sinta ainda pior. Muitos chegam a nos relatar os episódios chorando. Alguns, com vários anos de Bradesco, falam em pedir demissão. Esse senhor tem de entender que respeito é fundamental nas relações de trabalho e que, ao agir dessa forma, ele adoece psicologicamente os trabalhadores e desestimula a equipe”, pondera Marquinhos.

Protestos contra esse mesmo gerente assediador já foram realizados no final de 2016 e em fevereiro deste ano. “Já fizemos uma sardinhada e uma intervenção teatral na frente da agência Tucuruvi, onde ele trabalha. Se esse comportamento assediador continuar, faremos outras ações sindicais. É inadmissível que trabalhadores sejam tratados dessa maneira. Não vamos sossegar enquanto esse desrespeito continuar”, avisa o dirigente.

seja socio