Dezenas de jovens de todos os continentes participaram de mais um seminário on line promovido pela Uni Global para a Juventude. A reunião ocorreu, de forma remota, na manhã desta terça 28, com o tema o 'Novo Normal' na pós pandemia.
A vice-presidenta da Uni Américas Juventude, Lucimara Malaquias, destacou que os jovens sempre foram as maiores vítimas no mercado de trabalho, seja do desemprego ou pela oferta de trabalho precário.
Ela destacou que a pandemia do novo coronavírus influenciou grandes transformações do mundo, principalmente no mercado de trabalho, onde foram as mais intensas. Por isso, as organizações já iniciaram os debates de como será esse 'novo normal' no mundo todo.
"Num contexto de intensa retração econômica, as empresas e os governos tendem a penalizar os trabalhadores com redução de salários e direitos. E o enfrentamento não podem ser barrados a partir de ações individuais, mas sim com ações coletivas. Os trabalhadores têm se mobilizado mundo afora para construir propostas de recuperação econômica, para definir acordos e marcos globais que possam garantir direitos mínimos", comentou Lucimara Malaquias.
Ela ainda destacou que a recuperação econômica não pode ser baseado na retirada de direitos dos trabalhadores e na penalização dos mais pobres e que projetos como o da renda básica ganham impulsos em diversos países, assim como as ideias de cooperação e solidariedade entre povos e nações, ganham novos estímulos.
"Ou seja, o 'novo normal' ainda está em construção e, portanto, há muito espaço de luta e mobilização para que os trabalhadores sejam parte da busca por um mundo melhor e sem grandes prejuízos à juventude", defende a vice-presidenta da Uni Américas Juventude.
Reflexo na periferia
Já o representante do Comitê Executivo da Uni Américas Juventude, Márcio Vieira, o reflexo da crise sanitária causada pela pandemia de coronavírus só evidência o que já vem sendo sentido pelos jovens nas periferias há anos.
Além de já sofrerem com a falta de oportunidades num mercado de trabalho em desaquecimento, com a crise sanitária, os jovens moradores dessas regiões encontram-se totalmente desamparados pelo governo.
"O novo normal não contempla a periferia. Ela só fará parte por meio de muita luta e mobilização", finaliza.