Pular para o conteúdo principal
Chapéu
Assine também!

Empregados aderem a abaixo-assinado em defesa do Saúde Caixa

Imagem Destaque

O Sindicato dos Bancários de São Paulo e demais entidades representante dos empregados da Caixa lançaram, nesta terça-feira 13, um abaixo-assinado pela manutenção do modelos de custeio sustentável para o Saúde Caixa. A adesão dos bancários da Caixa tem sido muito grande e em 24 horas o documento já teve mais de 2 mil assinaturas.

> Assine o abaixo-assinado pela manutenção do modelo de custeio do Saúde Caixa

Nas campanhas de 2018 e 2020, os empregados da Caixa conquistaram a manutenção do atual modelo de custeio, com contribuição de 70% pelo banco e de 30% pelos bancários. Porém, o modelo de custeio volta a ser discutido este ano e um novo modelo deve ser estabelecido até 31 de julho. “Novamente a Caixa tenta impor um aumento da participação dos trabalhadores no custeio do plano, com a aplicação da CGPAR 23. Se a CGPAR 23 for seguida, isso acarretará em um modelo de custeio de 50% pelo banco e 50% pelos empregados. Se você tem um limitador [o que determina a CGPAR 23] e levando em conta a não contratação de novos empregados e a inflação médica, a proporção pode ser pior do que 50 a 50, pode inverter: 30% para o banco e 70% para os empregados. Então é fundamental que a gente tenha tempo, que a gente defenda a sustentabilidade do plano e que a gente tenha pelo menos um exercício de experiência com o reajuste que tivemos no início do ano, para que a gente possa avaliar a situação do plano. Não podemos aceitar a política financista do banco, que não se preocupa com a saúde dos empregados e seus familiares”, critica o dirigente do Sindicato, Dionísio Reis.

> Pedro Guimarães e governo ultraliberal de Bolsonaro querem destruir Saúde Caixa

Dionísio lembra que na terça-feira 13 houve uma importante vitória dos trabalhadores, com a aprovação na Câmara do PDC 956, de autoria da deputada federal Erika Kokay, que susta a aplicação das limitações previstas na Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23). Agora o projeto segue para ser apreciado pelo Senado.

“Foi uma importante vitória, mas não devemos baixar a guarda e temos que continuar lutando por Saúde Caixa para todos, com manutenção do atual modelo de custeio e com mais qualidade para os trabalhadores. No GT do Saúde Caixa, o banco tem apresentado propostas que dividem os empregados e que aumentariam os custos dos planos de saúde. Por isso é muito impotante assinar o abaixo-assinado”, reforça.

Dionísio destaca ainda que os ataques ao plano já vem ocorrendo há tempos. “Estamos sofrendo ataques à gestão do plano. Um deles foi a saída do Saúde Caixa da área de Gestão de Pessoas para a Gestão de Logística, o que separou ainda mais os participantes da gestão do plano. Além disso, os empregados relatam que têm tido dificuldades de atendimento no Saúde Caixa e o plano têm enfrentado descredenciamentos de hospitais e médicos. Um exemplo foi o descredenciamento do Pró Matre e do Santa Joana, duas maternidades que são referência em São Paulo. Isso só foi revertido porque nos mobilizamos e conseguimos manter os dois hospitais. Mas sabemos que em cidades menores, os empregados enfrentam falta de alguns especialistas, como de pediatras por exemplo”, informa o dirigente.

Ele critica ainda a postura do banco no GT do Saúde Caixa. “A Caixa não forneceu as informações necessárias e não vem fazendo a discussão de forma propositiva. A tendência é a Caixa trazer novamente as propostas do ano passado, que jogam empregados uns com os outros e aumenta modelo de custeio, mensalidades e teto de coparticipação. O mais sensato seria aguardar o exercício do plano, para vermos os impactos dessas mudanças e também para melhor a gestão do plano para que isso gere uma maior economia. E fazermos essa discussão de alteração de modelo quando tivermos mais clareza dos números do plano”, reitera.

seja socio