O Banco do Brasil apresentou aos representantes do trabalhadores e à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB) as iniciativas que estão sendo adotadas internamente em relação à diversidade e inclusão. As medidas foram detalhadas durante nova rodada de negociação entre a direção do BB e o movimento sindical sobre o tema. A reunião ocorreu na segunda-feira 24.
Para auxiliar na sua governança face ao tema, o Banco do Brasil está implantando as seguintes medidas:
- Comitê Executivo de Pessoas, Equidade e Diversidade (Ceped);
- Conselho Consultivo de Diversidade;
- Fórum de Equidade e Inclusão;
- Espaços de escuta ativa;
- Ações e políticas que busquem melhorar o ambiente profissional, considerando a inclusão de pessoas negras, neurodivergentes, pessoas com deficiencia (PCD), população LGBTQIAP+ e mulheres.
Para este último grupo social já é possível constatar o resultado das ações por meio da aceleração da liderança de mulheres, que ocupam 44% dos cargos do Conselho Diretor do banco, sendo três como vice-presidentas.
“A presidenta do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, tem demonstrado profundo interesse na questão da inclusão e pertencimento de todos os funcionários do BB, indiferentemente de suas condições sociais, físicas e emocionais. Nesse sentido, também tem demonstrado com sua trajetória pessoal e profissional, ser uma representante de diversos grupos que, tradicionalmente, vem sofrendo com a discriminação e o preconceito há anos no mundo corporativo” diz Fernanda Lopes, dirigente da Contraf-CUT e bancária do BB.
“Em relação a esse tema, caminhamos juntos e parabenizamos as iniciativas! Porém é necessário que haja a concretude das ideias, e que venham a se transformar em ações que, de fato, erradiquem os males do preconceito, da discriminação e da desigualdade dentro da empresa”, comenta Getúlio Maciel, dirigente sindical e representante da Fetec-CUT/SP na CEBB.
O dirigente defende que as práticas de inclusão e equidade de pessoas etnicamente diversas e multiculturais, bem como o respeito às diferenças de gênero e sexualidade no mundo corporativo tornam o ambiente das empresas favorável à maior geração de valor, inovação, criatividade e performance.
“Um ambiente com respeito gera orgulho, bem-estar emocional e sentido de pertencimento. Por isso é fundamental o reconhecimento do Banco do Brasil das pautas de diversidade. A implementação dos programas de diversidade no banco, assim como a centralidade destas pautas na Campanha Nacional dos Bancários 2022 (campanha salarial dos bancários) está em consonância com o momento atual da sociedade, que cada vez mais anseia pela instituição de instrumentos que objetivam maior ascensão e representatividade nos cargos gerenciais de trabalhadores LGBTs, negros, mulheres, PcD, neurodivergentes e, como ação mais importante, de estabelecer a cultura do respeito às diferenças, entendendo que o maior valor do banco é justamente sua diversidade. Nosso Sindicato está acompanhando as implementações, e sugerindo melhorias em permanente apoio a todos os funcionários e funcionárias”, pontua Diego Carvalho, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que acompanha o tema da Diversidade e estava presente no encontro com o BB.
“O banco nos apresentou um projeto maravilhoso, que demonstra estarmos realmente respirando novos ares com essa direção. Porém, de nada vai adiantar esse projeto se os bancários continuarem a ser assediados por seus gestores em busca do cumprimento de metas inatingíveis”, avalia Ana Beatriz Garbelini, diretora de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, também presente na reunião com o Banco do Brasil.
Haverá continuidade dessa mesa e do tema em data futura, quando serão apreciadas e discutidas as pautas de reivindicações do funcionalismo, que virão de contribuições do movimento sindical e dos diversos grupos organizados dentro do banco, tais como BB Black Power, Liderança Feminina, BB Azul, Neurodivergentes, LGBTQIAPN+, PCD's no BB, Autistas no BB.
Muitas dessas pautas dizem respeito ao encarreiramento dentro da empresa, melhor acolhimento dos colegas e seus familiares em relação ao seu bem-estar físico e emocional, notadamente, neurodivergentes, PcD, e seus familiares, com priorização no home office, ambiente e treinamento adequado para o convívio dos colegas, combate ao racismo, homofobia, machismo e misoginia, que muitas vezes descambam para o assedio moral.