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Chapéu
Decisão do Copom

Banco Central segue sabotando a economia ao manter a Selic em 10,50% ao ano

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Imagem do prédio do Banco Central, em Brasília

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano. Com isto, o Brasil possui o terceiro maior juro real do mundo, atrás apenas da Turquia e da Rússia.

 “Com a decisão de manter a Selic em 10,50% ao ano, o Copom se confirma como ferramenta de sabotagem à economia. Esta é mais uma consequência da ‘autonomia’ do Banco Central, que obriga o governo atual a conviver durante dois anos com um presidente da autarquia indicado pelo governo anterior, e que mantém afinidade política e ideológica com o projeto derrotado nas urnas. E quem sofre as consequências são o setor produtivo e as famílias, que encaram juros elevados que encarecem o crédito e prejudicam a economia”, critica Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Desde 2021, o Banco Central, comando por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, adota uma política monetária que mantém elevada a taxa básica de juros.

A partir daquele ano, o Copom iniciou um processo contínuo de elevação da Selic, que levou a taxa de 2% para 13,75%, percentual mantido de agosto de 2022 até agosto de 2023.

Desde 2022, o Sindicato promove atos nas ruas e nas redes sociais pela redução da taxa de juros, uma demanda apoiada por 87% da população brasileira, segundo pesquisa Quaest divulgada em julho.

Após intensa pressão dos movimentos sindical e sociais, o Copom iniciou um processo de redução que durou de junho de 2023 a junho deste ano.

Redução da Taxa Selic: luta da Campanha Nacional 2024

Um dos eixos da Campanha Nacional Unificada dos Bancários é a luta pela redução da taxa básica de juros, de forma que o país possa alcançar as condições necessárias para avançar no crescimento econômico e na geração de emprego e renda.

Segundo estimativas do Banco Central, a cada um ponto percentual na Selic mantido por 12 meses, o país gasta cerca de R$ 43 bilhões a mais com a dívida bruta.

 “Importante destacar que a autonomia do Banco Central ampliou a captura da política monetária pelo sistema financeiro, que ganha com os juros elevados, já que as instituições financeiras são as maiores detentoras dos títulos da dívida pública. Quanto mais o país gasta com os juros da dívida pública, menos recursos sobram para áreas como saúde, educação e demais investimentos públicos. Uma situação injustificável, principalmente em face da inflação controlada e do compromisso do governo atual com a responsabilidade fiscal. Seguiremos protestando pela redução os juros para que a economia cresça, gerando empregos e renda para a população.”

Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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