No dia 2 de agosto, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizará a Conferência Livre das Mulheres do Ramo Financeiro. A atividade será realizada das 9h às 14h, no auditório Azul do Sindicato, localizado na Rua São Bento, 413, Centro de São Paulo.
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O tema desta edição será "Construindo a autonomia econômica das mulheres com trabalho digno e igualdade salarial". A conferência será um espaço de diálogo e construção coletiva sobre os desafios das mulheres no setor e vai reunir bancárias, ativistas e lideranças sindicais para discutir propostas que serão levadas à 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, em Brasília.
"Precisamos de salários iguais, mas também de respeito e oportunidades reais. Não é justo que, em pleno 2025, as mulheres ainda ganhem menos que os homens para exercer as mesmas funções. No setor bancário, essa diferença chega a quase 20%, segundo dados do DIEESE. Mas nossa luta vai além dos números: queremos discutir como construir carreiras sólidas, combater o assédio e garantir que as mulheres tenham voz ativa nos espaços de decisão", afirma Karen Souza, secretária de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato e membro da UNI Américas Mulheres.
Ana Paula Vieira Freire, coordenadora do Coletivo de Mulheres do Sindicato, ressalta a importância da participação da categoria. "Chamamos todas as bancárias para participar da conferência, em toda a sua diversidade: mulheres negras, indígenas, com deficiência, LGBT+, jovens, idosas. É um momento muito importante para construirmos políticas públicas que vão mudar nosso cotidiano para melhor. Quanto mais mulheres participarem da nossa conferência, demonstraremos mais força de organização, o que é uma característica muito importante da nossa categoria. É assim que vamos construindo um país mais democrático e justo", pontua.
Espaços democráticos
As Conferências Livres são uma das etapas preparatórias para a 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (5ª CNPM), que acontecerá em Brasília, de 29 de setembro a 1º de outubro. Elas integram um processo mais amplo, que inclui também conferências municipais, regionais e estaduais e todas com o objetivo de ampliar a participação social na construção de políticas públicas para mulheres.
Cada conferência representa um espaço democrático e aberto, organizado por qualquer pessoa ou grupo (movimentos, coletivos, entidades, conselhos etc.), para debater demandas e propor soluções. As ideias levantadas nessas discussões podem ser levadas para a etapa nacional, onde poderão se tornar políticas públicas efetivas e, além de gerar propostas, as Conferências Livres também elegem representantes que defenderão essas pautas nas etapas estaduais e nacional.
