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A minuta contém 100 cláusulas que abrangem reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários; veja tabelas anexas), valorização dos pisos, garantia de emprego, novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%) – e cláusulas sociais, como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas.
Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.
Os banqueiros pediram tempo para analisar a minuta. A primeira reunião de negociação deve acontecer até o final do mês de agosto.
“Os bancários estão esperando que os patrões reconheçam o valor do seu trabalho e concedam aumento real de salários e uma justa participação nos lucros. Os banqueiros, por sua vez, não têm do que reclamar. São mais de dez anos consecutivos quebrando recordes de lucratividade. E 2005 não vai ser diferente. Se empurrarem a categoria para uma greve estarão prejudicando o país, a sociedade e seus clientes. Daí, não vai ter campanha de publicidade que consiga melhorar a imagem de setor”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, integrante do Comando Nacional dos Bancários.
Atividade – A entrega da minuta foi acompanhada com muita animação pelos bancários que percorreram as ruas do Centro acompanhados da bateria de uma escola de samba. Com o mote “Vamos conquistar essa primavera”, os bancários entregaram flores aos clientes nas principais agências da região lembrando a todos que “#$¨@**&/#<@##¨#!*&>@?|}#”. A atividade, promovida pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, contou com a participação de mais de 300 trabalhadores e foi encerrada em frente à sede da Fenaban (na rua Líbero Badaró).
Serviço
No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.
A data-base da categoria é 1º de setembro.
No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%.