Sindicato participa de debate sobre os perigos do lixo radioativo

Nesta segunda, 22 de agosto, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) promove o debate público “Lixo Radioativo, Quando o Perigo Mora ao Lado”. O debate foi suscitado por denúncia apresentada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região às comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente da Alesp, sobre o armazenamento inadequado desse tipo de material num terreno em Interlagos, que coloca em risco os cerca de três mil funcionários do Centro Administrativo Santander (Casa 3) e os moradores da região.

O encontro será no Auditório Teotônio Vilela, a partir das 15h. Além de representantes dos trabalhadores (Sindicato, Afubesp, Fetec-CUT-SP e CNB/CUT), participam representantes das Indústrias Nucleares do Brasil, do Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares) e a auditora fiscal do Ministério do Trabalho, Fernanda Giannasi.

A denúncia – Em 30 de julho o Sindicato denunciou a presença de material radioativo em galpões na esquina das avenidas Interlagos e Miguel Yunes, na Zona Sul de São Paulo, onde fica o Casa 3. Este lixo, de acordo com reportagens veiculadas na imprensa, é composto por cerca de mil toneladas de solo retirado da antiga sede da Usina de Santo Amaro, no Brooklin, e está armazenado em contêineres – vários deles com vazamentos.

O diretor do Sindicato, José Osmar Boldo, entrou em contato com a INB (Indústrias Nucleares Brasileiras) que informou que o material não deveria estar em área habitada e que, portanto, a situação requer medidas urgentes.

“Queremos a imediata remoção do lixo radioativo para um local adequado e a descontaminação do terreno. Com essa audiência pública, esperamos que as autoridades solucionem o caso rapidamente”, diz Boldo, lembrando que os funcionários do Casa evitam contato com a água do local, pois temem que esteja contaminada.