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O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Artur Henrique da Silva Santos, participou da entrsega. “É a primeira vez que estou aqui e não faço parte do setor financeiro. Mas pelo que leio todos os dias nos jornais, tenho certeza de que essa negociação será tranqüila e que os bancos vão reverter os fantásticos lucros em melhores salários e colaborar com o crescimento do nosso país”, afirmou.
Em seguida, aconteceu a primeira rodada de negociação na qual foram apresentadas para debate as cláusulas consideradas prioritárias para os bancários. Estão dentre os eixos econômicos da campanha o aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Outros quatro eixos são o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do nível de emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
Na mesa de negociação estavam, além dos representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Fenaban, diretores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o que demonstra o sucesso e a consolidação da campanha unificada entre bancos públicos e privados – estratégia adotada pela categoria desde 2003.
“A priorização de pontos mais polêmicos no debate da campanha deve trazer mais agilidade às negociações e permitir que reivindicações que são absolutamente fundamentais para a categoria sejam amplamente debatidas”, avalia o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, membro do Comando Nacional. Questões específicas de saúde e de igualdade de oportunidades estão sendo debatidas em mesas separadas e serão transformadas em cláusulas da convenção coletiva.
Ramo – Também foi informado à Fenaban que, apesar de a categoria bancária contar com pouco mais de 400 mil trabalhadores em todo o Brasil, mais de um milhão de pessoas prestam serviços ao sistema financeiro e, cada vez mais, de forma indireta. Por isso, a campanha nacional realizará uma série de ações com o objetivo de fortalecer a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro.