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Bancários em festa nas ruas do Centro

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Mais de 800 trabalhadores participaram da festa que tomou conta das ruas do Centro na noite de hoje. Para comemorar o Dia do Bancário (28 de agosto), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região organizou uma passeata em que as alas retratavam as principais reivindicações da categoria (veja abaixo). A passeata foi acompanhada durante todo o percurso pela bateria da escola de samba Tom Maior e por artistas circenses com pernas de pau, malabares e cuspidores de fogo, que representavam os banqueiros.

“Eles traziam alegorias de chicotes e cuspiam fogo sobre os bancários para lembrar o assédio moral que a categoria sofre todos os dias, obrigada a cumprir metas descabidas”, relata o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Essa atividade é um marco na campanha. Daqui para frente, vamos intensificar a mobilização com possibilidade de greve da categoria caso as negociações não avancem até 1º de setembro, nossa data-base”, completa Marcolino.

Uma das alas que mais chamou a atenção da população que acompanhava a passeata, foi a que reivindica auxílio-creche maior, composta por várias crianças caracterizadas de borboleta – que lembra um dos motes da campanha: primavera, estação de luta.

Os bancários saíram da rua Líbero Badaró por volta das 19h e caminharam até a Praça da Sé, onde a passeata foi encerrada por volta das 20h30 com uma homenagem a d. Luciano Mendes de Almeida, arcebispo de Mariana (MG), falecido no último domingo, e figura emblemática na luta pelos direitos humanos. Também foram homenageados os bancários vitimados por assaltos às agências bancárias, na figura de Bárbara Cristina, que morreu no último dia 23, em assalto à agência do Sudameris da avenida Faria Lima.

As reivindicações
Aumento Real – O abre-alas da passeata foi o aumento real: os bancários querem 7,05%, além da reposição da inflação do período que vai de 1º de setembro (data-base da categoria) de 2005 a 30 de agosto de 2006.

PLR – Participação nos lucros e resultados: novamente os bancos batem recordes de lucros e os bancários querem sua parte. Reivindicam um salário, mais R$ 1.500, e distribuição linear de 5% do lucro líquido entre todos os trabalhadores.

Isonomia de direitos – Bancários que estão afastados por motivo de doença devem ter o mesmo direito que os da ativa.

Contra o assédio moral e as metas abusivas – Na segunda rodada de negociação, os banqueiros disseram que não há metas abusivas. Mas os bancários que foram obrigados a virar vendedores sofrem na pele a pressão diária e o assédio moral nos locais de trabalho. Isso tem que acabar.

Aumento do auxílio-creche/babá – A categoria reivindica o equivalente a um salário mínimo para garantir a creche ou a escola para seus filhos. A ala das crianças.

Proteção do emprego – Contra a terceirização e a redução de direitos.
Redução dos juros bancários – A ala de todos os cidadãos que são prejudicados pelos altos juros cobrados pelos bancos.
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