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“É uma resposta à ironia dos banqueiros durante a segunda rodada de negociação (realizada no último dia 21)”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Depois de mais de quatro horas, os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) responderam com negativas a cada uma das vinte cláusulas prioritárias apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários.
“Eles não trouxeram proposta para o reajuste salarial e ainda afirmaram que não pretendem fazer distribuição de qualquer porcentagem de lucro líquido linear, a título de participação nos lucros e resultados” lembra Marcolino. Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação, e PLR de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.
Os banqueiros sugeriram, ainda, que seja fechado um acordo de trabalho de dois anos, somente com a reposição da inflação apurada após o fim do segundo ano. “Ou seja, sem aumento real por dois anos consecutivos. Os bancários não aceitarão isso”, afirma o presidente do Sindicato.
Dia do Bancário – Na segunda, 28, os bancários comemoram o seu dia e vão realizar passeata pelas ruas do centro velho, saindo da rua Líbero Badaró às 18h. Os trabalhadores estarão divididos em alas que representam os eixos da campanha 2006: maior participação nos lucros e resultados; aumento real; isonomia de direitos; combate ao assédio moral e às metas abusivas; redução dos juros bancários; aumento do auxílio-creche/babá e proteção ao emprego.
“Até a próxima rodada de negociação haverá mobilização todos os dias. E caso os banqueiros continuem tratando com descaso as reivindicações dos bancários, os trabalhadores podem decidir pela greve”, avisa Marcolino.
A terceira rodada de negociação está prevista para o próximo dia 29, às 15h, em local a ser definido.