Pular para o conteúdo principal

Bancários mobilizados na região central de São Paulo

Imagem Destaque
Os bancários realizam, nesta quinta (24), ato de protesto no centro novo de São Paulo, pela campanha nacional 2006. O início das atividades será retardado em cerca de 50 agências da região da Praça da República e dos corredores 24 de maio, 7 de abril, Barão de Itapetininga, onde trabalham mais de mil bancários. Às 10h, os trabalhadores fazem uma assembléia na Praça Ramos para decidir sobre o horário em que se encerra o ato.

“É uma resposta à ironia dos banqueiros durante a segunda rodada de negociação (realizada no último dia 21)”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. Depois de mais de quatro horas, os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) responderam com negativas a cada uma das vinte cláusulas prioritárias apresentadas pelo Comando Nacional dos Bancários.

“Eles não trouxeram proposta para o reajuste salarial e ainda afirmaram que não pretendem fazer distribuição de qualquer porcentagem de lucro líquido linear, a título de participação nos lucros e resultados” lembra Marcolino. Os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação, e PLR de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.

Os banqueiros sugeriram, ainda, que seja fechado um acordo de trabalho de dois anos, somente com a reposição da inflação apurada após o fim do segundo ano. “Ou seja, sem aumento real por dois anos consecutivos. Os bancários não aceitarão isso”, afirma o presidente do Sindicato.

Dia do Bancário – Na segunda, 28, os bancários comemoram o seu dia e vão realizar passeata pelas ruas do centro velho, saindo da rua Líbero Badaró às 18h. Os trabalhadores estarão divididos em alas que representam os eixos da campanha 2006: maior participação nos lucros e resultados; aumento real; isonomia de direitos; combate ao assédio moral e às metas abusivas; redução dos juros bancários; aumento do auxílio-creche/babá e proteção ao emprego.

“Até a próxima rodada de negociação haverá mobilização todos os dias. E caso os banqueiros continuem tratando com descaso as reivindicações dos bancários, os trabalhadores podem decidir pela greve”, avisa Marcolino.
A terceira rodada de negociação está prevista para o próximo dia 29, às 15h, em local a ser definido.
seja socio