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A primeira rodada aconteceu no dia 10, logo após a entrega da minuta de reivindicações da campanha nacional 2006. A segunda reunião entre trabalhadores e banqueiros aconteceu no último dia 21, sem qualquer avanço. Não houve proposta de reajuste salarial e nem de participação nos lucros e resultados.
Os bancários, que têm data-base em 1º de setembro, reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação, e PLR de 5% do lucro líquido linear, mais um salário acrescido de R$ 1.500. Outros quatro eixos são o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 110 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Mobilização – Na manhã desta terça-feira (29), os bancários participaram de manifestações em três importantes concentrações dos bancos Santander Banespa, Bradesco e Safra.
Cerca de 3 mil funcionários do Casa 3 (Centro Administrativo do Santander Banespa) atrasaram o início das atividades até as 10h. No Bradesco Alphaville, 1.200 bancários retardaram a abertura do setor de tecnologia do banco e participaram de debates sobre a campanha nacional até as 9h30. Os funcionários da matriz do Safra, na avenida Paulista, também estiveram em atividade, mas não houve atraso na abertura da agência.
“Apesar do frio, os bancários demonstraram grande disposição de participar do debate e marcaram presença em mais uma mobilização. Vamos intensificar as atividades e se até o dia 1º de setembro não houver avanços, os bancários podem entrar em greve”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Ontem, 28, Dia do Bancário, mais de 800 trabalhadores percorreram as ruas do Centro em passeata. As alas retratavam as principais reivindicações da categoria. A passeata contou com a animação da bateria da escola de samba Tom Maior e de artistas circenses com pernas de pau, malabares e cuspidores de fogo, que representavam os banqueiros. Eles traziam alegorias de chicotes e cuspiam fogo sobre os bancários para lembrar o assédio moral que a categoria sofre.