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Não trouxeram proposta para o reajuste salarial e ainda afirmaram que não haverá distribuição de qualquer porcentagem de lucro líquido linear, a título de participação nos lucros e resultados. Vale lembrar que os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, além da reposição da inflação, e PLR de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Os banqueiros sugeriram, ainda, que seja fechado um acordo de trabalho de dois anos, somente com a reposição da inflação apurada após o fim do segundo ano. Ou seja, sem aumento real por dois anos consecutivos.
“A ironia trazida para segunda rodada de negociação, à luz dos resultados recordes apresentados pelos maiores bancos do país, não vai acrescentar nada à campanha nacional dos bancários. Pelo contrário, pode empurrar os trabalhadores para a radicalização do movimento, sem deixar outra saída para os bancários que não a greve.”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
Uma nova rodada de negociação está prevista para o próximo dia 29, às 15h, em local a ser definido. No próximo dia 24, quinta-feira, em todo o país os trabalhadores do sistema financeiro vão promover atos de protesto. No Dia do Bancário, 28 de agosto, serão realizadas atividades contra o assédio moral e as metas abusivas.
Negativas – Os banqueiros afirmaram não existir fundamentação para o 14º salário ou a 13ª cesta-alimentação, afinal “o ano só tem 12 meses”. A respeito de pontos como aumento nos pisos, informaram que eles devem ser regulados pelo “mercado”. Disseram não também ao pagamento de auxílio-creche de um salário mínimo e disseram que não querem pagar todo o valor, somente subsidiar uma parte.
Segurança bancária e assédio moral foram colocados como discussões à parte, que devem ser feitas por “especialistas”. “Os especialistas em assédio são os banqueiros que criam metas impossíveis de ser cumpridas, colocando os bancários como uma das categorias mais acometidas por doenças ocupacionais”, ressalta Marcolino. O presidente do Sindicato lembra que questões de segurança bancária também são cotidianas dos trabalhadores.
“Os bancos não podem obrigar os trabalhadores a levar para casa a chave do cofre e muitos fazem isso, expondo seus funcionários a risco de vida. Isso tem que acabar”, completa o dirigente. “Diante do quadro desenhado na reunião de negociação desta segunda, os bancários vão demonstrar na luta a sua insatisfação.”