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Sindicato defende que Correio reconheça empregados do Banco Postal como bancários

Linha fina
Presidente da ECT disse que a empresa está reavaliado parceria com o Bradesco
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São Paulo - O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região irá defender junto à direção da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) que os funcionários do Banco Postal tenham os mesmos direitos assegurados que os bancários. A entidade também irá reafirmar junto ao Banco Central a reivindicação de que todos os trabalhadores que exerçam serviço de bancários no país, como é o caso de correspondentes bancários, sejam considerados bancários.

O presidente da ECT, Carlos Henrique Almeida Custódio, disse que a empresa está reavaliado a parceria com o Bradesco e que está em estudo a possibilidade de o Banco Postal ser transformado em uma instituição financeira. Desde 2001, quando foi assinado o contrato com o Bradesco, os correios treinaram 24 mil funcionários para capacitá-los em atividades bancárias. Em declarações à imprensa, Custódio reconheceu o interesse dos trabalhadores em migrar para a categoria dos bancários.

“Reconhecer todos os trabalhadores que prestam serviço financeiro – correspondentes, promotores de crédito, securitários e financiários - como bancários é uma luta antiga do Sindicato. Não é de hoje que os bancos para economizar utilizam serviços de terceiros para ficar livres do cumprimento do Contrato Coletivo de Trabalho e economizar na mão-de-obra”, disse Luiz Cláudio Marcolino.

Ele lembra que a extensão da CCT a todos os trabalhadores do ramo financeiro é uma das reivindicações da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro que será discutida na mesa de negociação, desta quinta-feira, 30, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.

Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 124 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região. Estima-se que os trabalhadores do ramo financeiro já somam um milhão de pessoas.

Inicialmente o BC autorizava a abertura de postos de correspondentes bancários apenas em cidades que não possuíam agências bancárias. Em 2000, a instalação foi permitida para todas as localidades e o novo serviço logo se espalhou para os grandes centros comerciais e já ultrapassa a casa de 90 mil pontos em todo os país, 38 mil apenas no estado de São Paulo.

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