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Os trabalhadores que chegavam à concentração nas primeiras horas da manhã desta terça 3, de carro, ônibus fretado ou a pé, recebiam jornal com os relatos de dirigentes sindicais, que passaram a ser perseguidos pelo banco após manifestação pacífica contra as 400 demissões ocorridas na empresa no ano passado. Os trabalhadores recebiam os esclarecimentos e se afastavam das portas de entrada da concentração, ocupando as calçadas e ruas laterais.
A postura do Santander de utilizar o interdito proibitório, instrumento jurídico, contra as manifestações dos bancários foi criticada pelos representantes da CUT-SP, dos sindicatos dos bancários do ABC, Guarulhos e Jundiaí, da Federação dos Bancários da CUT (Fetec-CUT-SP), da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Associação dos Funcionários do Grupo Santander Banespa, Banesprev e Cabesp (Afubesp). Eles apoiaram o Sindicato e cobraram do Santander respeite as leis brasileiras da mesma forma que faz na Espanha.
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, também criticou a postura antissindical do Santander e convocou os trabalhadores da instituição financeira a participar ativamente da Campanha Nacional Unificada 2010. “De cada dez bancários, oito apontam o assédio moral e a cobrança por metas abusivas como prioridade para serem combatidas nessa campanha. Vamos lutar para que essas práticas acabem nas instituições financeiras, mas vamos insistir também no aumento real de salários, PLR maior, valores mais significativos nos vales-refeição e alimentação. Lutaremos por nossos direitos como a Constituição Federal nos assegura e não aceitaremos nenhuma forma de intimidação contra os trabalhadores ou sua organização”, destacou a dirigente sindical.
O ato foi encerrado às 10h com a entrada de todos os funcionários. No Casa 1 trabalham cerca de 1.600 pessoas, entre funcionários do Santander e terceirizados. Na concentração funcionam setores como o câmbio, contas a pagar, análise de risco, entre outros departamentos.