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“Os bancos não podem desperdiçar mais essa oportunidade de não só ser um setor pioneiro em contratar essa política, mas principalmente de tomar medidas práticas para frear o adoecimento, que atinge em níveis epidêmicos os bancários”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “A pressão por metas e o assédio moral são males presentes no dia a dia do trabalho e responsáveis pelo crescimento de doenças mentais na categoria, como o stress pós-traumático, a síndrome do pânico e a depressão, além das LER-Dort”, completou.
Ato - Em São Paulo foram distribuídas camisetas e fitas verdes com a inscrição: Um outro banco é preciso sem assédio moral e metas abusivas, nos principais centros administrativos dos bancos e em agências bancárias da região central. A campanha está dividida em cores de acordo com as reivindicações. Verde é a cor da saúde, vermelho da mobilização, amarelo do dinheiro, branco da paz, da união.
Dando continuidade às atividades da campanha, o Sindicato lança o curta-metragem de animação Vida de Bancário, nesta quarta-feira 1º , às 12h30, pelo site do Sindicato www.spbancarios.com.br . O filme denuncia à sociedade a dura rotina dos bancários.
Principais Reivindicações de Saúde
Implantação de programa de orientação e prevenção, com acompanhamento do Sindicato ao assédio moral
Declaração explicita contra qualquer ato de assédio moral
Treinamento que aborde o tema e as formas de evitá-lo
Criação de canais para denúncias com preservação da identidade do denunciante, com prazo para apuração e solução dos problemas
Fim das metas abusivas e fim das metas para os caixas
Participação dos trabalhadores na definição das metas, que devem levar em conta o porte da agência, o número de empregados, o perfil econômico local etc.
Metas coletivas e não individualizadas
Manutenção de direitos como VR, VA e PLR para afastados
Segurança - Apenas em 2009, os bancos foram autuados pela Polícia Federal (PF) em R$ 15,54 milhões por descumprir normas de segurança. As multas têm relação com irregularidades como agências abertas sem o plano de segurança obrigatório e descumprimento das medidas previstas nos planos de segurança aprovados (como falta de vigilantes, falta de câmeras de segurança e ausência de alarmes). Todas essas falhas têm em comum o fato de colocarem em risco a vida de bancários e clientes, por negligenciarem as recomendações de especialistas no que se refere à segurança das agências.
Esse tipo de problema já vem sendo tratado com os bancos nas mesas temáticas que aconteceram durante o primeiro semestre. Os debates incluem também medidas reparatórias para bancários vítimas de assaltos, sequestros e extorsões, dentre elas a necessidade de acompanhamento médico e psicológico no pós-assalto. O Sindicato também reivindica o fim do porte de chaves de cofres e unidades e o fim do porte de numerário por bancários, instalação de portas de segurança em todas as agências e vidros blindados nas fachadas.
Principais reivindicações de segurança
Proibição de transporte de numerário e da guarda das chaves dos cofres por bancários
Estabilidade no emprego e pagamento de indenização para vítimas de assaltos ou seqüestros
Assistência médica e psicológica total, inclusive com o pagamento de medicamentos, para vítimas de assaltos
Instalação de portas de segurança antes do autoatendimento em todas as agências
Vidros à prova de balas nas fachadas das agências
Emissão de Comunicação de Acidentede Trabalho (CAT) para todas as ocorrências
Instalação de câmeras em todas as áreas de circulação de clientes e usuários para a identificação de criminosos