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"Já foi deixado claro para os representantes dos bancos a importância de temas sobre saúde para a categoria, uma das que mais adoece em razão da pressão por metas e do assédio moral. Não podemos aceitar essa realidade, por isso vamos tratar desse assunto logo na primeira negociação", diz a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
Sete em cada dez bancários que responderam a consulta feita pelo Sindicato apontaram o combate ao assédio moral e às metas abusivas como reivindicação prioritária para a Campanha deste ano.
Saúde e Condições de Trabalho – Combate ao assédio moral e às metas abusivas fazem parte das reivindicações permanentes dos bancários. A categoria figura entre as que mais têm trabalhadores afastados por doenças por esforços repetitivos e problemas mentais, como stress pós-traumático, síndrome do pânico e depressão.
Os bancários defendem mudança na gestão os bancos em relação às metas, a criação de um curso – com a participação do Sindicato desde sua concepção até sua aplicação –, que aborde a questão do assédio moral para gestores e demais trabalhadores, além da implementação de um canal de apuração de denúncias sobre o assédio moral.
A pauta completa de reivindicações da categoria foi entregue aos banqueiros no dia 11 de agosto.
Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial –11%
• PLR – três salários mais R$ 4 mil
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
• PCCS – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós.
• Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas
• Fim do assédio moral
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.