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A entidade cobra do prefeito Gilberto Kassab veto ao projeto por considerá-lo um equívoco, já que tolhe um direito dos clientes ao mesmo tempo em que transfere a eles a responsabilidade que é da federação dos bancos (Fenaban), de assegurar medidas que garantam a integridade dos usuários das instituições financeiras.
Além disso, a medida é inócua porque não contribui para combater o crime. Proibir o uso do celular nas agências em hipótese alguma vai resolver o problema. A ideia é que sem o celular o criminoso que está dentro da agência não poderia informar o comparsa do lado de fora sobre quem sacou grande quantia em dinheiro. Mas devemos lembrar que há 10, 15 anos, quando o uso do celular não era comum, o golpe já existia. Na época, os criminosos usavam outros meios para identificar as vítimas.
Outro problema que no mínimo causa dúvida, refere-se à fiscalização remetida à subprefeitura. Tendo em vista que na capital paulista há 2.449 agências funcionando pelo menos seis horas por dia, cinco dias da semana, perguntamos se a subprefeitura terá pessoal suficiente para fazer a fiscalização nos locais.
Apoiamos mecanismos que impeçam a visualização das transações na boca dos caixas e nos terminais de auto-atendimento. Uma dessas medidas é a implantação de biombos entre os caixas e as filas, que já é prevista em lei, apesar de ainda não ter sido implementada pelos bancos. Defendemos ainda a isenção de tarifas para transferências de recursos (DOC, TED, ordens de pagamento etc), de forma a desestimular os saques de grandes quantias.
Juvandia Moreira
Presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região