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Com lucros bilionários, bancos propõem aumento real de apenas 0,7% para categoria

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Durante as últimas semanas, houve debate das reivindicações dos trabalhadores nas áreas de segurança bancária, igualdade de oportunidades, saúde, emprego e remuneração; a categoria considera o índice insuficiente
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São Paulo – Após quatro semanas de negociação, a federação dos bancos (Fenaban) apresentou proposta para o Comando Nacional nesta terça-feira (28), em São Paulo. O reajuste apresentado foi de 6%, diante de uma inflação projetada de 5,3% para a data base da categoria, o que significa aumento real de apenas 0,7%. A negociação continua nesta quarta (29), a partir das 10h.

“Os bancos fizeram proposta que não dialoga com as reivindicações dos bancários. Com lucro líquido de bilhões de reais eles têm de dividir esses resultados, pagando melhores salários, PLR e tíquetes com valores maiores, contratando mais funcionários para melhorar as condições de trabalho e de atendimento à população.”, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.

Segundo balanço prévio do Dieese, a maioria das categorias que fecharam acordo no primeiro semestre do ano tiveram aumento real maior que o ano passado. O setor mais lucrativo do país precisa seguir essa tendência”, disse Juvandia.

Somente no primeiro semestre do ano, o lucro líquido dos sete principais bancos no país somou R$ 25,8 bilhões, com alta de 1,13% em relação ao mesmo período do ano passado. Um resultado positivo, que se confirma a cada ano, e seria ainda maior não fossem os altos provisionamentos, mesmo com a queda da inadiplencia ja verificada em junho.

A reivindicação dos trabalhadores prevê reajuste salarial de 10,25%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%. PLR de três salários mais R$ 4.961,25 e o piso com o salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38). Veja principais itens abaixo

Alguns avanços foram feitos durante as rodadas de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban. Um deles foi a implantação de um projeto piloto em uma região do país, com medidas de segurança efetivas – com a instalação de portas de segurança, instalação de biombos entre os caixas e as filas, cameras de segurança nas áreas internas e externas das agências, entre outros. A Fenaban estuda ainda os locais para a instalação do projeto e data.

CCT – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. A data base dos bancários é 1º de setembro. 



Dados da Categoria – São quase 500 mil bancários no país, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Nos últimos oito anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2011 - de 13, 93%: sendo 2009 (1,49%); 2010 (3,08%) e 2011 (1,50%). 

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA 2012: 

• Reajuste Salarial de 10,25%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5% 

• PLR – três salários mais R$ 4.961,25 

• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38) 

• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 622) 

• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós 

• Emprego – Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada) 

• Cumprimento da jornada de 6 horas 

• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários 

• Mais segurança nas agências bancárias, como a instalação das portas de segurança 

• Previdência complementar para todos os trabalhadores 

• Contratação da remuneração total 

• Igualdade de oportunidades 




Cecilia Negrão 

Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
 

Email: [email protected]

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