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Crédito não aumentará sem novas contratações

Linha fina
Banco Central quer maior volume em bancos públicos. Medida significa maior volume também de trabalho dos bancários e categoria cobra na mesa de negociação mais contratações e valorização dos empregados
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Brasília – O volume do crédito pode crescer “um pouco” acima dos 15% projetados para este ano pelo Banco Central (BC). A afirmação é do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. “O ritmo que vem evoluindo sinaliza que pode ser um pouquinho mais que isso (15% de previsão de expansão)”, disse Maciel.

Para a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, os bancários são grandes responsáveis pelo trabalho executado que resultou na expansão do crédito, em especial os bancos públicos. Os dados do BC apontam que neste ano, até julho, a expansão ficou em 12,3%, enquanto nos privados nacionais foi de 3,4% e nos estrangeiros, 5,2%.

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central afirmou que o BB tem participação importante no crescimento da expansão do crédito consignado. No entanto, para esses números evoluírem, é essencial que os bancos contratem mais funcionários.

“É de extrema importância ampliar o acesso ao crédito no país, no entanto, o cenário de hoje são trabalhadores sobrecarregados, extrapolando sua jornada e a população sendo desrespeitada em longas filas de espera em agências do BB e da Caixa Federal”, ressalta Raquel. “Estamos em plena Campanha Nacional, negociando com os bancos nossas reivindicações, que priorizam mais contratações e respeito à jornada de trabalho, justamente para que tenhamos nas instituições financeiras funcionários valorizados, para cumprir o papel de banco público no atendimento à população e ao crescimento econômico do país”, completa.

Crédito é trabalho de bancário - Em julho, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,184 trilhões, com alta de 0,7% em relação a junho e de 17,7% em 12 meses. No ano, o crescimento foi 7,6%. Com o aumento, o volume de crédito representou 50,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Em julho do ano passado, o volume era 46,1% do PIB.

Para Tulio Maciel, uma das explicações para o maior ritmo do crédito dos bancos públicos é o financiamento imobiliário. “É uma modalidade que tem ritmo de crescimento mais forte. A Caixa tem a participação mais expressiva.” O banco federal é responsável por mais de 70% do crédito imobiliário no país.

Para o diretor executivo e empregado da Caixa, Kardec de Jesus, muitas agências estão com déficit de caixas. “Queremos negociar melhores condições de trabalho e mais contratações. Por isso estamos cobrando uma resposta sobre a data da próxima negociação”, explica o dirigente.

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Redação, com informações da Agência Brasil – 30/8/2012
(Atualizado às 31/8/2012)

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