Pular para o conteúdo principal

CUT propõe fundo anticrise para manter empregos

Linha fina
Reivindicação já foi entregue para representantes do governo. Instrumento seria criado com recursos do INSS para ser usado durante períodos de desaquecimento da economia
Imagem Destaque

São Paulo - A CUT e as demais centrais sindicais querem a criação de um fundo de socorro ao setor privado para manter empregos durante períodos de crise, o qual seria mantido com recursos do FGTS. A proposta foi apresentada na segunda 6 ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho e, de acordo com as entidades, tem a “simpatia” do governo, dos trabalhadores e do empresariado.

A ideia é compor o fundo com parte dos recursos depositados no FGTS em casos de demissão sem justa causa. Por lei, a multa nesses casos é de 40% sobre o saldo do trabalhador. Desde 2001, no entanto, passou a ser de 50% para aumentar a liquidez do FGTS. Esse adicional tem data de validade até o fim de 2012 e a partir de 2013 a multa voltaria a ser de 40%. As centrais querem que o adicional de 10% seja mantido e usado no novo fundo de socorro às empresas.

Pelas contas dos sindicalistas, a arrecadação pode chegar a R$ 3 bilhões por ano. Pela proposta, o empresário se comprometeria a não demitir e poderia usar esse dinheiro em casos de redução da jornada de trabalho, de parada total da produção e de liberação dos empregados por tempo determinado.

O objetivo, segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, é evitar situações como a da crise de 2008/2009, em que mais de 220 mil foram demitidos.


Redação - 7/8/2012

seja socio