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Inadimplência continua em queda livre

Linha fina
Pesquisa mostra redução de 5,68% em julho, segunda maior diminuição em um ano, perdendo apenas para os 11,95% de março
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Brasília – A inadimplência dos consumidores do comércio deve continuar em queda este ano, na avaliação do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro.

De acordo com dados divulgados na quarta 8 pela CNDL e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil, a inadimplência caiu 5,68% em julho, na comparação com o mesmo período de 2011. É a segunda maior redução no período de um ano, perdendo apenas para o resultado de março (-11,95%). Esses dados são resultado da pesquisa que consultou mais de 150 milhões de cadastros de Pessoas Físicas (CPF) em 800 mil pontos de vendas credenciados.

Para Pellizzaro, os brasileiros decidiram reorganizar o orçamento familiar, com pausa para novos endividamentos. “É um sinal de amadurecimento do mercado de consumo”, disse. De acordo com ele, o brasileiro não sofre de super endividamento, mas de super comprometimento da renda. “Precisa reordenar o orçamento para que tenha capacidade de pagamento”, acrescentou.

Pellizzaro espera que as vendas do varejo cresçam, este ano, entre 4% e 4,5%, ante a previsão anterior de 6%. Segundo ele, o varejo previa crescimento maior, mas devido aos efeitos da crise externa haverá desaceleração. “O varejo estava acostumado com crescimento chinês.”

A expectativa é de que a economia retome ritmo mais forte a partir do segundo trimestre de 2013. “Não estamos sendo pessimistas com a economia, mas realistas com a capacidade de vendas do varejo.”

Segundo Pellizzaro, não há novas pessoas entrando no mercado de consumo ou aumento de renda que permita maior crescimento das vendas.

O presidente da CNDL destaca que a redução da taxa básica de juros, a Selic, desde agosto do ano passado, foi a melhor medida que o governo adotou até agora para enfrentar a crise financeira internacional. “É linear para todos os setores. Não é como reduzir o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)”, enfatizou.

Apesar disso, Pellizzaro acredita ser necessário prorrogar a redução do IPI para os automóveis. “É um setor que tem cadeia produtiva e de distribuição longa. Sob essa ótica, há necessidade de prorrogação”, justificou. Porém, ele acrescentou que o incentivo a um segmento específico da economia não pode durar por muito tempo, porque pode desestimular as vendas de outros setores.


Redação, com informações da Agência Brasil - 9/8/2012
 

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