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Negociação entre bancários e Fenaban começa discutindo o emprego no setor

Linha fina
A geração de empregos no setor diminuiu 80,4% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesta quarta (08) haverá a 2ª rodada sobre saúde
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A categoria bancária fez nesta terça-feira (07), no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, a primeira rodada de negociação da Campanha Nacional Unificada 2012. Participaram representantes do Comando Nacional dos Bancários e da Federação dos bancos (Fenaban).

O principal tema discutido na mesa de negociação foi ampliação das contratações no setor. De acordo com dados do Caged, no primeiro semestre houve redução da geração de novos postos de trabalho em 80,4% (apenas 2.350 postos foram abertos no periodo, contra 11.978 entre janeiro a junho do ano passado). Sem a Caixa Econômica Federal o saldo teria sido negativo em 1.142 postos de trabalho. Os três maiores bancos privados (Itau Unibanco, Bradesco e Santander) reduziram 4.086 postos de trabalho nos últimos três meses do ano. Só o Itaú cortou 3.777 postos. E em um ano fechou mais de 9 mil postos de trabalho.

Na mesa de negociação, a Fenaban disse que os bancários não estão preocupados com a rotatividade do setor. E alegaram que essa variação é normal, mas assumiram que os bancos estão em processo de “ajustes”. Uma recente pesquisa feita pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, com mais de mil bancários, mostra que o tema emprego é uma das principais reivindicações da categoria.

Os debates seguiram em torno das reivindicações referentes a emprego e cláusulas sociais.
 Os bancários reivindicam, além da ampliação das contratações, o fim da rotatividade, o combate às terceirizações e a aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada).

“Reivindicamos a ampliação dos postos de trabalho e o fim das demissões, para melhorar as condições de trabalho e o atendimento ao público. A diminuição da geração de emprego em 80,4% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo periodo de 2011, tem relação direta com o aumento dos correspondentes bancários, que no último ano aumentou 106%.”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
 Segundo ela, os bancos expandem suas atividades com atendimento precarizado feito por trabalhadores que não têm os direitos garantidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.

Dívida social - Os três maiores bancos privados do país lucraram mais de R$ 16 bilhões no primeiro semester de 2012). Apesar de estarem entre os que mais ganham na economia brasileira, as instituições financeiras estão entre as que menos criam vagas: somente 0,22% das 1,04 milhão de empregos gerados pelos outros setores da economia nos primeiros seis meses de 2012.

CCT - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. A data base dos bancários é 1º de setembro.

Dados da Categoria – São quase 500 mil bancários no país, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Nos últimos oito anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2011 - de 13, 93%: sendo 2009 (1,49%); 2010 (3,08%) e 2011 (1,50%).

PRÓXIMAS DATAS NO CALENDÁRIO DA CAMPANHA:
08/08 – 2º. Rodada de negociação com a Fenaban (tema: saúde)
15/08 – 3º Rodada de negociação com a Fenaban
16/08 – 4º Rodada de negociação com a Fenaban

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA:
• Reajuste Salarial de 10,25%, sendo – 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%
• PLR – três salários mais R$ 4.961,25
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 622)
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) – Para todos os bancários • Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós
• Emprego – Ampliação das contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Mais segurança nas agências bancárias, como a instalação das portas de segurança
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

 (11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868

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