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Juros bancários têm maior alta desde setembro

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Taxa média ficou em 19,1% em julho, crescimento de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior. Spread também subiu
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São Paulo – Os bancos aumentaram os custos dos empréstimos em julho passado. Segundo relatório do Banco Central, a taxa média de juros das operações de crédito (tanto as de recursos livres quanto direcionados) ficou em 19,1% ao ano, alta de 0,6 ponto percentual em relação a junho. É a maior média desde setembro de 2012.

O levantamento do BC mostra também que o spread bancário – diferença entre os que as instituições financeiras gastam ao captar recursos e quanto cobram para emprestar – subiu 0,5 p.p. no mês, alcançando 11,4 p.p. em julho. Por outro lado, o custo de captação de recursos subiu apenas 0,1 p.p.

Para a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, isso mostra a desproporção com que os bancos aumentam seus ganhos. “Com um leve aumento no custo da captação, os bancos já subiram cinco vezes mais o que cobram dos clientes. Os spreads no Brasil já são um dos mais altos do mundo e as instituições financeiras têm lucro e rentabilidade altíssimos no país.”

Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência, um dos fatores que influencia o spread, caiu para 3,3%, o menor nível da série histórica iniciada em março de 2011. “Nada justifica o aumento dos juros e do spread. Os bancos mais uma vez dificultam o crédito quando deveriam expandi-lo para contribuir com o aquecimento da economia”, diz Juvandia.

O crescimento dos juros bancários também é reflexo dos recentes aumentos da taxa Selic que desde maio acumula aumento de 1,75 p.p., passando de 7,25% para os atuais 9%.

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Crédito – O BC mostra que o estoque total das operações de crédito do sistema financeiro (recursos livres e direcionados) cresceu 0,6% no mês e 16,1% em doze meses, atingindo patamar de R$ 2.546 trilhões em julho. Com isso, a relação crédito/PIB ficou em 55,1%, ante 55,2% em junho e 51,1% em igual período de 2012.

A presidenta do Sindicato lembra que esse percentual ainda é insuficiente e que é muito maior em países de economia desenvolvida como na Suécia, onde alcança 140%, nos EUA (202%) e na China (130%). “Há margem para o aumento do crédito no Brasil, mas ao invés de apostar nisso, os bancos optam por aumentar os juros e lucrar cada vez mais na relação com o cliente”, critica.


Redação - 29/8/2013

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