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Bancários cobram medidas para melhorar saúde

Linha fina
Rodada de negociação da Campanha 2014 cobrou soluções para causas de adoecimento e isonomia de direitos para os afastados
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São Paulo – Temas como isonomia de direitos para os afastados, reabilitação profissional, pausa para descanso, avaliação dos serviços médicos dos bancos, plano de saúde para os aposentados, além dos problemas com a cobrança abusiva de metas e o assédio moral concentraram os debates da rodada de negociação sobre saúde e condições de trabalho. A reunião, que teve início na terça-feira 19, foi encerrada na quarta-feira 20, mas uma série de pontos, como o combate ao assédio moral e às metas abusivas, será retomada depois do dia 25, quando os bancos devem informar os dados sobre os afastamentos na categoria.

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Isonomia – O Comando Nacional dos Bancários voltou a cobrar a isonomia de direitos, como pagamento de vale-alimentação e participação nos lucros, aos afastados. “Os gastos dos trabalhadores adoecidos aumentam e seria muito justo que os bancos, que contribuíram para esse quadro, mantivessem os direitos. Mas eles não querem nem ouvir falar nisso”, relata a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando. “Vamos insistir nessa pauta tão importante para a categoria que tem alto grau de adoecimento.”

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Pausa – Outro tema debatido na mesa foi o revezamento para que o pessoal do autoatendimento não tenha de passar seis horas em pé, como acontece atualmente. O Comando cobrou o respeito à pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados para todos os bancários, inclusive os caixas, mas os bancos insistem que esse é um direito apenas dos digitadores, cuja função propriamente dita nem existe mais. “A pausa é prevista para a recuperação física e mental do trabalhador exposto a uma grande sobrecarga e esse é o caso de todos os bancários, estão expostos a um alto grau de adoecimento. Esse tema vai voltar a debate”, afirma a presidenta do Sindicato.

Plano de saúde – Os trabalhadores querem a formação de conselhos para democratizar o acompanhamento dos planos de saúde, além da manutenção do direito para os aposentados. O tema foi bastante discutido, mas a Fenaban insistiu que esse não seria o melhor espaço porque cada instituição teria sua gestão sobre o assunto e sugeriu que o debate seja feito com cada banco. “Não concordamos com isso. Os maiores bancos estão representados na mesa de negociação e poderíamos avançar. Essa ausência de discussão tem gerado a judicialização, que poderíamos evitar”, destacou Juvandia, lembrando a recente vitória em ação do Sindicato sobre o Bradesco e outra sobre o Santander. “As mudanças unilaterais promovidas pelos bancos causam problemas graves. Há conflitos com a categoria, seja nos valores, seja na rede credenciada. No caso dos aposentados, aumentos no custo acabam inviabilizando a utilização dos planos quando mais precisam. Sem falar na proibição do direito de permanência. E isso vai contra lei em muitos casos. Vamos insistir nesse debate.”

Reabilitação profissional – Outra cobrança reforçada foi a participação e acompanhamento do movimento sindical sobre o programa de reabilitação profissional dos afastados por adoecimento. Os bancos assumiram o compromisso de discutir o assunto. O objetivo é propor uma nova redação para a cláusula existente na atual Convenção Coletiva de Trabalho, deixando claro que os bancos não podem procurar os afastados para forçar que voltem ao trabalho antes do prazo, como alguns têm feito.

Cipa – Os debates sobre Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) também seguirão para mesa temática. Os bancários reivindicam que todos os integrantes da Cipa sejam eleitos – ou seja, que não haja mais indicados pelo banco – e querem que os representantes dos trabalhadores possam participar das atividades da Sipat.


Cláudia Motta - 20/8/2014

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